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COVID-19 EM MS

Estudo comprova segunda onda da Covid-19 em MS e destaca para o alto risco da doença

O momento é de retomada de medidas de restrição como no período de alta incidência da Covid

5 dezembro 2020 - 08h00Da Redação
Leitos na Santa Casa de Campo Grande
Leitos na Santa Casa de Campo Grande - (Foto: Edemir Rodrigues)

Mato Grosso do Sul já registra 101,1 mil casos, com quase 1,8 mil mortes, e aumento expressivo dos números nas últimas semanas. Segundo a médica infectologista Mariana Croda, membro do COE/UFMS, os registros são preocupantes e como outros Estados do País, a a força da doença foi retomada em MS.

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“A questão da segunda onda é importante até do ponto de vista de comunicação para que as pessoas entendam que temos sim uma retomada da doença. Tivemos uma baixa descendência da curva no Brasil, ou seja, ficamos com uma alta transmissão durante muito tempo e mais de mil óbitos por mais de 90 dias, o que faz com que não seja uma curva completa. Um platô alto. Quando percebemos essa descendência, rapidamente voltou a subir”, analisa Mariana.

O momento é de retomada de medidas de restrição como no período de alta incidência da doença. “Hoje não temos vagas de UTI nos serviços privados de saúde em Campo Grande, muitos hospitais veem o aumento das internações e temos um risco muito grande de entrar no colapso do sistema de saúde, ou seja, pessoas morrerem sem acesso a leitos”.

Para a infectologista, é importante que medidas severas sejam tomadas, incluindo o fechamento dos serviços não essenciais, a conscientização da população e principalmente a proteção do grupo de risco, que são os idosos e os portadores de doenças crônicas.

O Brasil está muito mais perto da solução do que antes, segundo a médica, tendo em vista que os resultados preliminares da fase três dos estudos das vacinas são estimuladores.

“Achamos que em alguns meses teremos uma solução permanente. É o momento de se recolher, não se expor, porque em pouco tempo teremos uma solução efetiva. O Brasil vai ser pioneiro na vacinação em massa da sua população, temos várias vacinas que têm bons resultados e o país tem a capacidade de produção rápida”, finaliza.

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