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VACINA

Em Nioaque, MPMS esclarece a população indígena sobre mitos e fake news envolvendo a vacina

Segundo a Promotora de Justiça, o Ministério Público Estadual recebeu "denúncia" de que alguns líderes religiosos das aldeias de Nioaque estavam "proibindo" seus fiéis de tomarem a vacina

29 janeiro 2021 - 16h42Assessoria de comunicação
A promotora Mariana Sleiman
A promotora Mariana Sleiman - (Foto: Divulgação)

A Promotora de Justiça Mariana Sleiman Gomes, representante do Ministério Público de Mato Grosso do Sul em Nioaque, Município distante cerca de 200 km da Capital, coordenou uma reunião, nessa quarta-feira (27/1), que teve por objetivo esclarecer a comunidade indígena sobre a importância e segurança da vacinação contra a covid-19, haja vista as informações recebidas pelo MP acerca da resistência que os indígenas têm demonstrado quanto à imunização, pois apenas a metade da população indígena havia sido vacinada, desde o lote destinado ao grupo ter sido disponibilizado nos postos de saúde.

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Segundo a Promotora de Justiça, o Ministério Público Estadual recebeu “denúncia” de que alguns líderes religiosos das aldeias de Nioaque estavam “proibindo” seus fiéis de tomarem a vacina, razão pela qual decidiu convocar uma reunião com todas as lideranças religiosas, a fim de esclarecer sobre os supostos “mitos” ou fake news que estavam sendo espalhados entre os indígenas e que causaram um temor infundado na comunidade, tais como, a implantação de um chip na cabeça de quem se vacinar ou o fato de os indígenas estarem sendo usados de “cobaias” para testar se a vacina funciona ou é capaz de matar alguém com o vírus implantado.

O prefeito Valdir do Couto Júnior se deixou vacinar para convencer os indígenas de que não existe perigo ou risco em ser vacinado

Foram quase quatro horas de reunião, que também contou com a participação do Procurador da República Luiz Eduardo Camargo Outeiro Hernandes, com atribuição na tutela dos direitos coletivos dos povos indígenas, que reafirmou a segurança e procedência da vacina, a fim de que os indígenas perdessem o medo de tomá-la, bem como alertou sobre as possíveis consequências àqueles que propagarem informações falsas no intuito de evitar que seus pares indígenas sejam vacinados.

O antropólogo do Ministério Público Federal Marcos Homero Ferreira Lima igualmente contribuiu na reunião, sanando as dúvidas de diversos caciques e pastores que pediram a palavra. A médica da Unidade Mista de Saúde 24h de Nioaque, Dra. Amanda do Valle, por sua vez, também ressaltou a eficácia da vacina.

Participaram do encontro, ainda: a enfermeira da saúde indígena, Josiane Ribeiro; o cacique da Aldeia Cabeceira, Joel Marques; o cacique da Aldeia Água Branca, Joaquim Cotocio; o cacique da Aldeia Taboquinha, Ramão da Silva; o vice-cacique da Aldeia Brejão, Adelvar Pereira Barbosa, representando o cacique Namir Marques; e todas as lideranças indígenas das quatro aldeias (pastores, padres, presidentes de conselho e líderes). A reunião teve início às 14h e encerrou às 17h40min, tendo sido integramente gravada pelo sistema audiovisual.

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