
Campo Grande vai voltar com o horário do toque de recolher a partir de sexta-feira (27). A definição foi após o aumento de casos entre jovens nas últimas semanas na Capital. O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, explicou nesta manhã que além da medida, haverá um aumento de agentes nas ruas para realizar fiscalização.

"Temos que diminuir o fluxo da cidade. Por que não foi feito isso antes? Por que precisamos ter diálogo, já que existem pessoas que dependem do comércio noturno para viver, já que é o setor mais impactado. Nos reunimos com os profissionais do comércio e tomou-se a decisão de informar e compartilhar de que vai ter o toque de recolher das 00h às 5h", explica. O decreto deve ser divulgado ainda nesta quarta-feira em uma edição extra do Diogrande.
Além do toque, o secretário ressalta que vai ter intensificação das blitze na Capital. "Vamos pegar esse segmento de festas, boates e conveniências, que muitas vezes existem descuprimentos por parte das normas sanitárias", declarou.
Em relação aos leitos do Hospital Regional, o secretário afirma que houve o aumento de leitos no hospital que é referência no tratamento da doença. "Houve ampliação e vai ter ainda mais, de pelo menos uns 20 leitos e também na Hospital do Penfigo", destaca.
Campo Grande tem apresentando o maior índice de crescimento da doença no Estado, a lotação de UTIs chegou a 100% nos principais hospitais público e particular da cidade, como Cassems e Unimed.
"Temos que analisar o perfil de que está sendo infectado. Hoje são os jovens os mais contaminados, e isso pode ser notado nas aglomerações noturnas. Quem está se contaminando é a faixa menos letal, o problema é quando chegar nos idosos, que é o grupo de risco. Por isso é melhor tentar evitar", diz.
Nas últimas 24h, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou nesta quarta-feira que foram confirmados 453 novos casos em Campo Grande. Quanto ao percentual de leitos ocupados, uma das grandes preocupações das autoridades em saúde, a macrorregião de Campo Grande já tem 82% dos leitos ocupados, de Dourados 63%, Três Lagoas 52% e Corumbá com 45% de ocupação.
O toque de recolher não se aplica aos serviços essenciais, tais como: postos de combustíveis, farmácias e demais serviços de saúde, segurança e assistência funerária, que podem funcionar em horário estabelecido no alvará de localização e funcionamento respectivo, bem como aos setores da agropecuária, indústria e de coleta de resíduos, aos serviços de delivery e as ações destinadas ao enfrentamento da Covid.
