maracaju iptu
CORONAVÍRUS

Após 6 meses de emergência global, OMS diz que avaliou mal a capacidade de países

Para a Organização Mundial da Saúde, faltou operações locais por parte da entidade para direcionar a resposta à pandemia

30 julho 2020 - 14h06
Passageiros com máscaras protetoras se reúnem para entrar no trem em uma estação de metrô em meio ao surto por coronavírus, em São Paulo
Passageiros com máscaras protetoras se reúnem para entrar no trem em uma estação de metrô em meio ao surto por coronavírus, em São Paulo - ( Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse nesta quinta-feira, 30, que a entidade pode ter presumido de maneira errada a capacidade da saúde pública em alguns países e deveria ter atuado nestes de maneira mais direta, em operações locais para combate à covid-19.

Canal WhatsApp

"Houve um resposta lenta, no geral, para reagir quanto a rastreamento de contatos, investigação de surtos locais, testagem. Ser capaz de elaborar uma estratégia compreensiva para lidar com a doença".

Além de apresentar diretrizes técnicas, Ryan disse que, tradicionalmente, a OMS também atua presencialmente em nações de renda média ou baixa, para prover assistência e direcionamentos. "Se eu pudesse voltar e mudar alguma coisa, acho que estaríamos melhor amparados ao oferecer essa operação".

Nesta quinta-feira, completam seis meses que a organização classificou a pandemia como uma emergência de saúde global, o alerta internacional mais alto. Quando esse status foi atribuído ao vírus, em 30 de janeiro, havia apenas 100 casos da doença fora da China e nenhuma morte.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, já são mais de 17 milhões de infecções registradas no mundo e quase 670 mil mortes. Os diretores e líderes da OMS avaliaram a reação dos países ao novo coronavírus até o momento

A líder da resposta técnica à covid-19, Maria Van Kerkhove, disse que a ação global foi mista, com reação rápida em alguns locais. "Os países que agiram à altura foram aqueles que tiveram experiência direta com uma ameaça semelhante, como a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave)".

Ela acrescentou que mesmo países que não atuaram com agilidade e lidaram com surtos difíceis, como Coreia do Sul, Itália e Alemanha, conseguiram reverter o rumo da pandemia com aplicação das medidas indicadas pela entidade, como rastreamento de contatos e a comunicação clara pelo governo de estratégias ao público.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop