
O advogado criminalista Gil Ortuzal, foi hostilizado no grupo Porsche Air Colled Club Brasil, no Facebook, apenas porque perguntou qual tipo de óleo deveria usar na sua Cayenne Turbo 2006. O seleto grupo reúne cerca de 1500 membros, e um dos nomes mais expressivos é do multimilionário Roberto da Silva Zullino, um dos empresários mais bem-sucedidos da indústria têxtil e CEO da Fórmula Vee Brasil.

A simples pergunta de Ortuzal gerou comentários em tons jocosos como “poe óleo de mamona. pqp, é cada pergunta”, “pra esse ano e modelo não tem mais de mamona Du, tem que usar azeite oliva” e “Coloca óleo de girassol assim não dá colesterol !!!!”, outros em tons de ironia “O que seria uma Porsche?”, “seria uma aberração...?”, porém os comentários mais contundentes foi de Roberto Zullino “Meu caro, vc compra um lixo de rico refrigerado a água e vem contar que comprou em um grupo de aircooled e ainda pede conselho de que óleo usa e quer entender ironia?”, “Não conserte vaso quebrado. E não é A Porsche, é O Porsche”.
O médico Evandro Lira saiu em defesa de Ortuzal e escreveu “...Apesar de não ter sido eu, o autor dessa total falta de educação, peço desculpas pela vergonha alheia de ter lido tanta rispidez gratuita! E sim... CAYENNE É PORSCHE!!!”, mas também acabou sendo hostilizado por Roberto Zullino que retrucou “...vc não está falando com o corno que pensa que é teu pai... tem um monte paga pau para quem compra umA Porsche lixo de rico como você”. E por fim Zullino manda recado final para Ortuzal “vai te catar junto com teu amiguinho. Pentelho a gente bloqueia”.
As redes sociais tornam públicos comentários e expõem as pessoas a situações vexatórias como esta. Ortuzal resolveu não levar desaforo para casa e disse “eu simplesmente pedi recomendação de óleo, e fiquei extremamente surpreso com as reações de alguns membros. Achei que num grupo relacionado a Porsche eu teria um tratamento no mesmo nível da marca, mas ledo engano. Devido a prepotência, arrogância e insensatez do senhor Roberto Zullino, procurei saber quem era, e para minha total surpresa é um grande empresário, mas com histórico de um perfil preconceituoso, discriminatório e racista”.
O advogado, ainda acrescenta “numa pesquisa um pouco mais aprofundada descobri que ele já foi processado por ofender com palavrões e xingamentos de natureza racial, chamando de “preto” um desafeto, isso é público, todos poderão ter acesso, tanto o que escreveu no grupo do Facebook quanto ao processo no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Creio que o comportamento dele deva ser assim com todos que considera inferior a ele”, conclui.
