
Produção de alimentos vai ser incrementada por meio da Agraer, que já recebeu neste ano vários incentivos, como contratação de pessoal técnico, para ano que vem fazer extensão rural em pequenas propriedades, o que deve acabar com a carência de certos produtos.

A partir do ano que vem, Mato Grosso do Sul vai ter um aumento considerável na produção de alimentos. É que a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) vai colocar em prática vários projetos e cursos desenvolvidos durante este ano para pequenos produtores. A informação é da secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Correa da Costa Dias.
Sem detalhar o quanto vai representar a mais na produção de alimentos com a iniciativa, a secretária Tereza Cristina, revela que ao fazer a extensão rural nas pequenas propriedades vai acabar a carência de alguns produtos ou diminuir a dependência da compra em outros estados. Um exemplo é o município de Ivinhema, onde a fruticultura promete apresentar grande área plantada e colheita em 2009. A idéia é transformar a localidade num pólo frutífero, com destaque no cultivo de goiaba, abacaxi e maracujá.
A região de Itaquiraí deve ganhar mais incentivos para o setor avícola, inclusive na parte de sanidade. A piscicultura ganha incentivo por meio de um convênio com o Ministério da Pesca para cultivo de peixe em tanques-rede, nas cidades de Batayporã e Itaporã.
Segundo a secretária, em 2008 a Agraer passou por reestruturações como, por exemplo, a recente contratação de 120 profissionais que vão orientar diretamente os pequenos produtores com a função de orientadores rurais; foram oferecidos cursos e também criados vários projetos. Além disso, foram firmados convênios, inclusive com o Instituto Nacional de (Colonização e Reforma Agrária Incra) que beneficia assentamentos. “Vamos dar uma atenção especial para a Agraer, pois queremos a partir de 2009 um Estado ainda mais produtor de comida”, frisa Tereza Cristina.
Com o aumento da produção, por meio da agricultura familiar, a Seprotur tenta solucionar duas lacunas no setor rural. A primeira é que os pequenos produtores vão suprir boa parte da safra que antes era produzida nas grandes propriedades. A segunda é manter quem é da zona rural na terra, ou seja, oportunidade de emprego para toda a família.
Questionada se a Agraer já se prepara para uma possível crise na produção de alimentos por conta da implantação de lavouras de cana para abastecer as usinas sucroalcooleiras; a secretária afirma que não. Segundo ela, a cana-de-açúcar ocupou pouca terra destinada à agricultura. “Vai ser um ano difícil porque a pecuária ia bem e agora ninguém sabe como vai ficar, portanto a orientação vai ter que se reverter em produção e esta se converter em renda”, diz.
