
No meio de abril, quando a quarentena estava ainda sendo levada a sério aqui em Campo Grande, eu fui diagnosticada com uma possível diabetes gestacional.
O resultado do isolamento + jantar todos os dias pratos nem sempre leves resultou em uma alta de açúcar no meu sangue, que poderia prejudicar e MUITO o bebê.
A resposta rápida da minha obstetra foi além de pedir que eu passasse a fazer a análise do índice glicêmico seis vezes ao dia, eu fosse a uma nutricionista.
Hoje já há medidores mais modernos que não precisam furar sua pele para a análise, mas eu escolhi aquele que mais me toma tempo e disciplina: o popular agulha na fitinha de teste.
O Accu-Chek me fez penar um pouco mas agora passado quase um mês e meio estamos nos dando bem, obrigada.
Na minha última consulta com a nutricionista e com a obstetra, recebi elogios das duas pois os exames mostravam que a diabetes estava descartada até aquele momento ( ufa!) maaas o que não significava que eu não poderia vir a desenvolvê-la.
Afinal, ainda faltam oito semanas até a data provável do parto.
Com disciplina, ingesta de alimentos com menos açúcar e eliminando o jantar, acredito que consigo passar ilesa dessa.
Mas o assunto me despertou curiosidade por entender que é uma doença que pode afetar muito mais ao bebê do que a mim. Assim, pedi uma indicação de endócrino pediatra ao Raphael, meu marido e que é nefrologista pediatra.
Ele sugeriu que eu conversasse com a Caroline Chaia, médica especialista e que me respondeu às perguntas abaixo:
V- Dra, o que uma grávida deve fazer após receber o diagnóstico de diabetes gestacional?
Dra Caroline Chaia - A primeira mudança que deve ocorrer é na dieta com cálculo de carboidrato, proteína e gordura adequado para cada paciente, além da melhora na qualidade do carboidrato, com preferência para os complexos de baixo índice glicêmicos, evitando um ganho excessivo de peso na gestação e com isso as possíveis complicações ao feto. Além disso, a atividade física também é muito importante, lembrando de ter liberação pelo obstetra para a prática.
V - Fale um pouco sobre os sintomas e em qual semana é comum aparecer:
Os sintomas na diabetes gestacional são sutis e passam despercebidos, porém alguns fatores de risco devem ser observados, como:
V - Quais as consequências que a doença traz para a mãe e bebê?
C - Entra como um fator de risco, podendo ou não acontecer.
V - Qual família de alimentos deve estar presente em uma dieta de gestante com diabetes?
C - A dieta da gestante deve ser balanceada, com um valor calórico baseado no peso ideal pré gestacional e que deve ser incrementado no 3o trimestre, sem restrição de nenhum grupo.
V - Além do controle do índice glicêmico dos alimentos, qual outro método para evitar o aumento do nível de açúcar no sangue?
A dieta balanceada com melhora na qualidade dos carboidratos e gorduras, além de manter uma rotina com horários e porções adequadas são cuidados que facilitam nos cuidados durante a gestação, associando ao exercicio o resultado consegue ser satisfatório na maior parte das gestantes. Caso isso não ocorra, será necessária introdução de tratamento medicamentoso e um cuidado mais de perto pelo obstetra, associado a uma equipe multidisciplinar com endocrinologista, nutricionista e educador físico.
Fale com a dra Carol Chaia, endócrino pediatra AQUI