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EDUCAÇÃO

Volta às aulas reacende problemáticas enfrentadas pelos profissionais da educação na pandemia

20 julho 2021 - 11h30 Por Larissa Adami

As escolas da rede municipal de Campo Grande começam a se preparar para o retorno das aulas no segundo semestre de 2021, seguindo as orientações estabelecidas pela bandeira do Prosseguir, segundo a pasta da educação de MS. O professor e presidente da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira explicou ao Giro Estadual de Notícias desta terça-feira (20) a dinâmica envolvendo os profissionais da categoria diante da situação.

“Nós defendemos que há uma possibilidade concreta do retorno das aulas semi-presenciais, de modo alternado, que, além dos protocolos de biossegurança, tenha em vista a vacinação dos profissionais de educação do Estado, tornando isso ainda mais possível. Temos 95% que já receberam a primeira dose e mais de 50% que tomaram a segunda. O governo do Estado, junto às prefeituras, têm condições de promover essa imunização em quase 100% antes dos dias 2 e 3 de agosto, quando está previsto o retorno das aulas”, informa.

Em relação às condições de trabalho, é sabido que as aulas remotas, mesmo que no conforto de casa, exigiram ainda mais desses profissionais desde o início da pandemia. A grande quantidade de vidas perdidas também entra nas críticas de Jaime à falta de organização em âmbito federal para evitar a situação.

“As horas diárias de trabalho foram dobradas quando os professores disponibilizavam o dia todo para seus alunos, até mesmo pela dificuldade de acesso à internet por parte de alguns estudantes, principalmente na periferia. Além disso, nós tivemos várias perdas, não há números específicos pois o Estado não libera o número de infectados e mortos por categorias, mas tivemos sim muitas baixas nas nossas escolas. Lamentamos a incompetência do governo Bolsonaro no atraso dessa imunização, no qual 60% das mortes poderiam ter sido evitadas”, alerta.

Vale lembrar que questões como apoio estrutural para o planejamento do retorno às aulas e reajustes no salário dos servidores são outros pontos criticados pela FETEMS. “O MEC (Ministério da Educação) não tem contribuído de forma efetiva nesse governo. Toda a organização e planejamento das escolas se deu pelos governos e secretarias estaduais com os gestores municipais. Em relação aos pagamentos, não fosse só a inflação, o governo federal congelou os salários da categoria desde maio de 2020 até janeiro de 2022. Estados e municípios teriam até formas de repor partes fragilizadas pela inflação, mas infelizmente nada foi feito. Então temos o congelamento de concursos públicos, reestruturação de planos de carreira e promoções, que contribuem para o desgaste da categoria”, critica.

Apesar das dificuldades, Jaime reitera seu compromisso com as redes de ensino do Estado e tem feito diversas viagens ao interior para subsidiar reuniões sobre os próximos passos. “Visitamos várias cidades como Nioaque, Caracol, Bela Vista e a última, Ribas do Rio Pardo. Com a chegada de novos prefeitos ao poder, buscamos, junto aos sindicatos municipais, discutir melhorias”, declara.

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