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SAÚDE PET

Veterinária alerta que pets agressivos podem estar doentes ou mal interpretados

28 maio 2025 - 12h30 Por Da Redação

Agressividade repentina em cães e gatos pode esconder sinais de dor, problemas de saúde ou um ambiente de criação inadequado. A análise é da médica veterinária e professora da Estácio, Iandara Schettert, durante entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta quarta-feira (28). Para a especialista, é preciso abandonar a ideia de que esse tipo de comportamento é natural e inevitável.

"Se o animal já convive com a tutora há algum tempo, ela deveria conhecer melhor o comportamento da raça", afirmou. Segundo ela, raças como o Chow Chow têm características menos dóceis e exigem manejo cuidadoso. “É possível que o animal estivesse passando por algum problema de saúde naquele momento, o que pode ter desencadeado a agressividade contra a tutora.”

Apesar do temperamento genético influenciar o comportamento, o modo como o animal é criado tem peso determinante. "Criar o animal com muito amor, carinho e incentivando a socialização é essencial para evitar variações bruscas de humor", explica Iandara. Ela ressalta que animais que crescem em ambientes restritos, sem contato com outras pessoas ou animais, tendem a desenvolver comportamentos defensivos e agressivos.

Médica veterinária da Estácio explica que comportamento agressivo em cães pode estar relacionado à saúde, criação e até mesmo a erros de interpretação dos tutores

Rotina estressante e confinamento afetam o bem-estar - A médica alerta para a importância das chamadas “cinco liberdades” dos animais, que incluem estar livres de dor, fome e poder expressar comportamentos naturais. A falta de passeios e a vida confinada em ambientes fechados, por exemplo, são fatores que impactam diretamente o bem-estar e, consequentemente, o humor dos pets.

"Na rotina diária, os animais acabam ficando mais confinados dentro de casa e saem para passear com pouca frequência", diz. Essa privação, segundo ela, interfere na saúde física e emocional do animal.

Mudanças no apetite, sono, ingestão de água e comportamento geral são indicadores importantes que não podem ser ignorados. “São os primeiros sinais que mostram que o ambiente pode não estar adequado para o bem-estar do pet”, alerta.

Em relação à alimentação, a veterinária explica que o mercado oferece rações específicas por raça e necessidades de saúde. O importante é verificar se o animal está mantendo um peso saudável e se alimentando bem.

A especialista também chama a atenção para doenças infecciosas ou dor física como possíveis causas de comportamento agressivo. “É possível que ele estivesse sentindo dor ou enfrentando algum problema de saúde ainda não diagnosticado”, pontua.

Quando a situação é extrema, como a decisão pela eutanásia, ela lembra que o procedimento exige laudo técnico e avaliação profissional rigorosa. “Apenas o médico-veterinário está autorizado a realizar o procedimento, com base em justificativas técnicas.”

Em casas com cães e gatos, a vacinação contra doenças infectocontagiosas continua sendo a principal ferramenta de prevenção, especialmente em ambientes compartilhados. “Já foram registrados casos em outros estados de doenças como a raiva influenciando diretamente o comportamento dos animais”, destaca.

Um dos problemas mais comuns, segundo Iandara, é a leitura equivocada dos sinais que os pets emitem. “Nem sempre o que o tutor acredita que o pet está expressando corresponde, de fato, ao comportamento real do animal.” Atitudes como abraçar ou beijar o cão podem ser mal interpretadas e representar risco, principalmente se o tutor desconhecer a reação do pet.

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