Frente a um cenário do aumento significativo de casos da Covid-19, com elevado consumo de medicamentos e insumos e a demanda ao acesso de quantidades necessárias da medicação especifica, no programa Giro Estadual de Notícias desta quarta-feira (5), o diretor-presidente da Unimed Campo Grande, Dr. Maurício Simões Corrêa, falou sobre um projeto inovador, desenvolvido pelo hospital, que tem ajudado a reduzir o consumo de medicamentos utilizados no tratamento de pacientes Covid-19 em ventilação mecânica da cooperativa.
A iniciativa visa reduzir a quantidade de medicamentos para intubar pacientes com Covid-19. Na medida é utilizado dois tipos de monitores, de alta especificidade e sensibilidade, onde é possível monitorar e equalizar a quantidade de medicamentos, otimizando assim o consumo.
O projeto é uma grande conquista em meio ao momento difícil que a sociedade enfrenta diante do grande número de pacientes graves com Covid-19, pois nesses casos, o paciente passa muito mais tempo em tratamento da doença e na maioria das vezes intubado e com a necessidade do uso expressivo de medicamentos e insumos. "Nós passamos por uma situação crítica no Brasil por falta de medicamentos que permitam que o paciente permaneça vários dias, semanas ou meses internado, intubado e com ventilação mecânica, principalmente quando há uma maior demanda que são chamadas de 'ondas', os picos de grandes números de internações, e essa iniciativa veio ao encontro da racionalização de alguns medicamentos que, por vezes, tiveram que ser importados da Índia" destaca Simões.
Os aparelhos fazem a monitorização do bloqueio neuromuscular e dão com exatidão a quantidade necessária de relaxante muscular que cada paciente precisa. Com isso, é possível reduzir as doses e aumentar o tempo de duração da medicação no organismo desse paciente.
Depois da implantação do novo projeto houve uma redução de cerca de 75% no uso de bloqueadores neuromusculares, além de 50% em média, dos demais medicamentos, hipnóticos, sedativos e hipnoanalgésicos, responsáveis por manter o paciente dormindo e por fornecer analgesia (controle da dor).
O profissional relatou que esse método ainda está sendo estudado, já que é recente, porém, esclareceu que os resultados são satisfatórios pois trouxe conforto à equipe da Unimed quanto à recuperação dos pacientes e estoques de medicamentos e reforçou a necessidade dos cuidados com a saúde, na prevenção do contagio da Covid-19, que ainda é extremamente importante no combate a pandemia. "Continuem se cuidando, não abaixem a guarda, até que consigamos imunizar pelo menos 70 ou 80% da população brasileira", finaliza.
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