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EDUCAÇÃO

UEMS amplia atuação no interior, investe em inclusão e bate recorde de inscrições

30 janeiro 2025 - 11h30 Por Carlos Guilherme

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) vem consolidando seu papel como um dos principais agentes do desenvolvimento regional. Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta quinta-feira (30), o reitor Laércio de Carvalho fez um balanço positivo de 2024, destacando avanços na expansão da instituição, recordes de inscrições e iniciativas voltadas à inclusão e permanência estudantil.

“O balanço de 2024 é bastante positivo. A UEMS, criada para atender o interior do estado, tem ampliado sua atuação de forma estratégica, acompanhando demandas como a Rota da Celulose, a Rota Bioceânica e o desenvolvimento do Cone Sul e da fronteira”, afirma Carvalho.

A universidade obteve nota máxima na avaliação externa e fortaleceu sua presença em diferentes regiões, levando ensino superior a localidades antes desassistidas. Entre as conquistas, ele cita o Pantanal Tec MS, evento realizado em Aquidauana que reuniu 12 mil participantes e consolidou parcerias para o desenvolvimento sustentável do bioma. No Cone Sul, diversos projetos foram aprovados em colaboração com a Itaipu Binacional, beneficiando municípios como Amambai, Mundo Novo e Naviraí.

A UEMS segue avançando na interiorização do ensino superior. “O governo tem investido nessa descentralização há anos, começando com Reinaldo Azambuja e continuando com Eduardo Riedel. Hoje, já conseguimos levar Direito para Bataguassu e Jardim, Enfermagem para Costa Rica e Engenharia Civil para Nova Andradina”, ressalta o reitor.

A presença da universidade na capital também tem se fortalecido. A unidade de Campo Grande, que completa 10 anos, oferta cursos inovadores, como Teatro e Dança, além do concorrido curso de Medicina, que hoje conta com 248 alunos. Além disso, a instituição ampliou sua pós-graduação com um doutorado em Educação e novos projetos acadêmicos em áreas como Geografia, Turismo, Pedagogia e Letras.

Na região das Moreninhas, a UEMS oferece cursos de Direito, História e Administração Pública, além de um mestrado e doutorado. Carvalho reforça que a localização da unidade é estratégica: “Muitas vezes um estudante demora mais para se deslocar das Moreninhas até o campus da UFMS do que para viajar até Sidrolândia. Esse cenário reforça a importância de interiorizar o ensino e aproximá-lo da população.”

Inclusão e desafios dos estudantes - Mais de 85% dos alunos da UEMS vêm da rede pública, e muitos enfrentam dificuldades financeiras. “Alguns chegam à universidade sem sequer ter feito uma refeição. Outros saem direto do trabalho para estudar, sem condições adequadas”, relata Carvalho.

Para garantir que esses estudantes permaneçam na universidade, a UEMS investe em assistência estudantil, bolsas de iniciação científica e extensão. “Quando o estudante é inserido nesses projetos, seu ambiente universitário se transforma. Ele se sente parte da instituição e percebe que a universidade não apenas ensina, mas também cuida do seu desenvolvimento”, pontua o reitor.

Outro desafio é tornar a universidade mais dinâmica e conectada ao mercado. Para isso, a instituição está implementando um projeto de flexibilização curricular. “Não faz sentido um aluno passar quatro ou cinco anos na graduação sem se conectar ao mercado de trabalho. Quanto mais cedo ele tiver contato com a prática profissional, mais motivado e preparado estará”, afirma.

Os esforços de inclusão também se refletem em iniciativas como o Mulheres na Ciência, que visa incentivar a participação feminina no meio acadêmico. “Pense em uma mãe de família que tem na educação sua única oportunidade de crescimento. Sem programas de acolhimento, a universidade não estaria cumprindo seu papel”, diz Carvalho.

Os números mostram que a UEMS está conseguindo atrair cada vez mais estudantes. “Batemos recorde de inscrições no vestibular, com mais de 10 mil candidatos. No processo seletivo sem vestibular, o número de inscritos saltou de 2.000 para 5.100”, destaca o reitor.

Além disso, a participação de sul-mato-grossenses nos cursos mais concorridos tem aumentado. “No passado, apenas 20% dos alunos do curso de Medicina eram do estado, enquanto 80% vinham de outras regiões. Hoje, esse quadro mudou: 60% dos novos ingressantes são de Mato Grosso do Sul e 40% vêm de fora”, explica Carvalho.

O reitor considera esse avanço um reflexo da melhora na qualidade da educação básica no estado. “Havia um pensamento de que os alunos locais só ingressavam em cursos menos disputados, mas isso não é verdade. Os estudantes das redes estadual e federal de Mato Grosso do Sul estão conquistando vagas em cursos altamente concorridos.”

Ensino superior como agente de transformação - Carvalho reforça que a missão da UEMS vai além da formação profissional. “Ao final do curso, não devolvemos apenas profissionais à sociedade, mas pessoas melhores, mais preparadas e conscientes”, afirma.

Projetos como a Universidade da Maturidade, que promove a educação para idosos, e o UEMS Acolhe, que ensina português para migrantes, são exemplos desse compromisso social. Além disso, o programa UEMS na Comunidade percorre municípios levando conhecimento e ações sociais, em parceria com instituições e empresas.

Com uma atuação estratégica e voltada à inclusão, a UEMS reforça seu compromisso com o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. “Nosso objetivo é garantir um ensino acessível e de qualidade, sempre com responsabilidade na aplicação dos recursos públicos e no atendimento às necessidades da população”, conclui o reitor.

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