Na edição desta quinta-feira (20) do "Giro Estadual de Notícias" do Grupo Feitosa de Comunicação, o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Coronel Adriano Noleto Rampazzo, concedeu uma entrevista abordando o combate aos incêndios no Estado. Com o clima seco e a ausência de chuvas, a preocupação com as queimadas em várias regiões, especialmente nos biomas do estado, aumenta significativamente.
Segunda-feira (17) começou o alerta para que o Corpo de Bombeiros atuem em caso de incêndios florestais o Pantanal, Cerrado e também na Mata Atlântica, biomas presentes no Estado. A medida passou a valer após a publicação da portaria do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) que suspende as autorizações ambientais de “queima controlada” até 31 de dezembro deste ano.
O Coronel Rampazzo destacou que o Corpo de Bombeiros mudou sua atuação em relação aos incêndios florestais, investindo fortemente em prevenção ao longo do ano. "Equipes monitoram constantemente os focos de incêndio por meio de aplicativos, incluindo os da NASA, verificando se são intencionais e autorizados. Desde meados de junho, estão em vigor as ações de resposta, com equipes preparadas para atender prontamente as ocorrências", explica.
O subcomandante geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Coronel Adriano Noleto Rampazzo
Mato Grosso do Sul abriga três biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal. Embora o Pantanal seja mais conhecido, todos os biomas enfrentam riscos de incêndios. No entanto, até o momento, o Estado tem registrado um número menor de queimadas em comparação com anos anteriores.
"O investimento em medidas preventivas e equipamentos modernos fortaleceu a capacidade de combate aos incêndios. O Corpo de Bombeiros conta com dois aviões de combate a incêndios florestais e viaturas equipadas com tecnologia avançada, proporcionando maior segurança aos bombeiros durante as operações. Além disso, os militares estão recebendo treinamento especializado e equipamentos de proteção individual adequados", detalha.
A região pantaneira, especialmente municípios como Corumbá e Bodoquena, é considerada a mais propensa a incêndios, devido ao tamanho das propriedades rurais e à dificuldade de acesso. No entanto, com o apoio de aeronaves, helicópteros e equipamentos especializados, o combate aos incêndios é realizado de forma mais eficiente.
O expansionismo dos quartéis do Corpo de Bombeiros em Mato Grosso do Sul também foi abordado. Atualmente, eles estão presentes em 32 cidades, cobrindo cerca de 80% da população de MS. No entanto, há planos de expandir para outras localidades, levando em consideração critérios como a população e a demanda por serviços. Novos quartéis estão previstos para cidades como Miranda, Água Clara e Cassilândia, priorizando o crescimento ordenado e estratégico.
O trabalho conjunto com o Governo do Estado, Imasul, Defesa Civil e Exército Brasileiro foi mencionado como um apoio fundamental. Recursos federais são disponibilizados em situações de emergência, auxiliando no custeio das operações e na aquisição de equipamentos necessários. "A parceria com o Ministério Público Estadual também é relevante, contribuindo com o monitoramento e o compartilhamento de informações", diz.
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