Na quinta-feira (3), o Giro Estadual de Notícias recebeu a presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado de Mato Grosso do Sul (Feserp/MS), Lilian Fernandes. A sindicalista esclareceu as dificuldades enfrentadas pelos servidores públicos em suas carreiras, a luta pelos reajustes e melhorias, a importância dos sindicatos e seu papel na sociedade.
Com 21 anos de carreira no sindicalismo, Lilian Fernandes falou das recentes conquistas para com a categoria dos servidores públicos no interior do Estado e que tudo isso só foi possível mediante diálogo e negociações constantes com o governo. No entanto, a presidente também destacou as dificuldades em estabelecer uma comunicação com a Prefeitura da Capital e que por isso não conseguem negociar os reajustes e melhorias para os servidores municipais de Campo Grande.
“A partir do momento que o governo senta e negocia, os prefeitos também fazem. Estivemos agora em Bataguassu, conseguimos lá 12.12% de reajuste. A gente só não conseguiu aqui em Campo Grande, porque infelizmente não tem esse canal de comunicação com o prefeito. Na Prefeitura de Campo Grande está acontecendo várias coisas, inclusive não tem progressão, não tem promoção, não tem reajuste e não tem diálogo”, afirma.
Nesta semana, guardas civis metropolitanos da Capital aprovaram um indicativo de greve por não terem obtido respostas e nem diálogo da prefeitura e nem da Secretaria Municipal de Finanças após protocolar um pedido de reajuste salarial no vale alimentação da categoria. Após a aprovação, o órgão público tem o prazo de 72h para resolver a situação antes da greve dar início.
Lilian ressaltou a importância dos sindicatos na atuação e exigência das demandas de cada categoria de servidores públicos. Além de estar presente na constituição, o sindicalismo também faz parte da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT.
Lilian Fernandes em entrevista ao Giro Estadual de Notícias
“As pessoas tem que entender que sem os sindicatos, como que haveria por exemplo as negociações? O sindicalismo organiza essa negociação e ele é tão importante que está na Constituição. Então você elege um representante que vai falar por você, levar as demandas por você, como é na política. Você não precisa gostar do sindicato, mas é preciso entender que ele é um instituto e que é necessário para que a máquina funcione”, explica.
Quanto à luta pelos reajustes salariais, a presidente também informou que atualmente o salário dos agentes socioeducativos de Uneis de Mato Grosso do Sul é o segundo melhor do Brasil, perdendo apenas para Santa Catarina. Além disso, o salário dos professores também não fica para trás e está entre os 10 melhores do país. Para Lilian, as conquistas e direitos que os servidores possuem não é motivo para agradecimento ao governo do estado, mas sim de reconhecimento do trabalho.
“É claro que eu não estou dizendo aqui que é o ideal, mas hoje a gente pode dizer que o servidor tem poder de compra melhor, credibilidade, os 10% com a incorporação do abono também vieram pra ajudar na saúde. Então são coisas que a gente não tem que agradecer, mas sim reconhecer o trabalho do governo”, destaca.
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