Com a recriação do Ministério da Pesca pelo governo Lula, Marcelo Heitor, superintendente da Superintendência de Pesca e Aquicultura de Mato Grosso do Sul, tem atuado para revitalizar o setor no Estado. "Nos últimos 18 meses, estamos trabalhando para recuperar o espaço do ministério, discutir o orçamento e restabelecer as diretrizes básicas que Lula defende para a comunidade de pesca e aquicultura", afirmou Heitor em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta terça-feira (9).
Uma das principais mudanças foi transformar a Superintendência de Pesca em uma certificadora das carteirinhas dos pescadores artesanais e profissionais, essencial para que eles recebam o seguro-defeso durante a piracema. Além disso, políticas públicas estão sendo aplicadas para apoiar a comunidade de pescadores e aquicultores. "Mato Grosso do Sul já responde por 2% da produção nacional de tilápia, apesar de ainda estarmos abaixo do nível desejado para a aquicultura no estado", disse Heitor.
O superintendente destacou um projeto em Coxim para criar peixes em tanques elevados de geomembrana, tecnologia desenvolvida pelo Instituto Federal de Coxim. "Estamos dialogando com a bancada federal e estadual para que o governo financie a instalação desses tanques para os pescadores que desejam se tornar aquicultores", explicou. O projeto irá beneficiar também comunidades indígenas, quilombolas e assentados, aumentando a produção de pescado e gerando renda para essas populações.
Heitor ressaltou a necessidade de incentivar a aquicultura no estado, mencionando grandes grupos de produtores em Naviraí e Sidrolândia. "O intercâmbio entre poder público e esses produtores é fundamental para ajudá-los a aumentar a produção", afirmou. Para os aquicultores menores, o projeto em Coxim oferece uma solução mais barata e sustentável, com um custo de aproximadamente R$ 23 mil para instalar um tanque com a primeira produção do primeiro ano.
Outro ponto de discussão é a inclusão dos pescadores na agricultura familiar. "Participei de reuniões para incluir a pesca na agricultura familiar, garantindo que o que produzirem será vendido", disse Heitor. Ele também abordou a polêmica da cota zero, defendida pelos pescadores profissionais. "Proponho que, se aceitarem a cota zero após uma discussão interna, possamos incluir um dispositivo na lei para preservar os pescadores artesanais, permitindo que continuem vivendo do rio", explicou.
Para Heitor, a preservação ambiental é essencial. "Os mato-grossenses e brasileiros estão vendo o impacto das queimadas no Pantanal e na Bacia do Paraná. Precisamos ser um elo de ligação entre os pescadores e os órgãos competentes para atender ambos os lados", afirmou.
Heitor destacou a importância de retribuir à sociedade os privilégios recebidos. "Minha família inteira sempre esteve na atividade política. Devemos devolver à comunidade com nosso trabalho e boas ideias", disse. Ele convidou a todos para a aula inaugural do Fórum de Aquicultores, que ocorrerá no dia 16 de julho, no Bioparque, às 8h. "Será uma oportunidade importante para entender o potencial desse mercado para a população sul-mato-grossense", concluiu.
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