Nesta quarta-feira (12), o Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação, iniciou a série de entrevistas "Sobreviventes silenciadas: diálogos urgentes sobre a violência doméstica e o feminicídio". A primeira convidada desse encontro é a subsecretária de políticas públicas para as mulheres, Cristiane Sant'Anna. Durante o bate papo, ela compartilhou as medidas que estão sendo adotadas pela pasta para combater a violência doméstica e o feminicídio no Estado.
Ela reconheceu a importância de abordar temas difíceis como a violência doméstica, onde foi questionada sobre a possibilidade de vivermos em um mundo ideal, livre da violência doméstica e do feminicídio. "É importante a utopia como um horizonte que impulsiona a caminhada. A utopia surge quando sentimos indignação diante desses problemas e cada vez que a imprensa noticia um caso de violência contra a mulher, ela está sinalizando para gestores públicos e sociedade civil que esse é um problema coletivo. Para mudar esse cenário, é preciso compreender o papel de cada indivíduo na denúncia, na ação e na criação de políticas públicas eficazes para responsabilizar os agressores e apoiar as vítimas", detalha.
A subsecretária de políticas públicas para as mulheres, Cristiane Sant'Anna
Quanto às iniciativas e programas da Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, a entrevistada explicou que o espaço governamental foi criado para articular, mobilizar, conscientizar e executar ações voltadas a essa questão. "Leis como a Lei Maria da Penha e a lei contra o feminicídio, foram importantes conquistas para combater a violência. Além disso, a criação de equipamentos sociais, como centros de atendimento à mulher, delegacias e espaços de acolhimento, onde as vítimas podem fazer denúncias e buscar apoio psicossocial. As pessoas precisam estar cientes do número 180, um serviço nacional de denúncia que pode ser acionado por qualquer pessoa que presencie uma situação de violência contra a mulher. Isso inclui aqueles que vivem em áreas mais distantes, como indígenas e mulheres ribeirinhas", salienta.
Outro ponto discutido foi o impacto da violência doméstica e do feminicídio nos filhos, especialmente nos meninos. Cristiane ressaltou ainda a importância da transversalidade nas ações do governo, citando a parceria com a Secretaria de Educação para promover a formação dos professores e trabalhar a temática das relações saudáveis entre homens e mulheres desde cedo, destacando que novidades estão previstas para serem anunciadas em agosto.
"No Agosto Lilás, um mês dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher, serão anunciadas diversas ações e parcerias para oferecer apoio, empregabilidade e novas oportunidades às mulheres, visando romper com o ciclo de violência e promover uma sociedade mais igualitária", informa.
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