O Giro Estadual de Notícias conversou nesta quinta-feira (1º), com a psicóloga do sistema Hapvida, Paula Clarissa Bispo, que falou sobre a importância do Setembro Amarelo que se inicia hoje.
O Setembro Amarelo é uma campanha dedicada à prevenção ao suicídio. “Falar sobre suicídio deixa as pessoas em clima tenso. Existe ainda o receio de noticiar o suicídio e fazer com que as pessoas se sintam induzidas a cometer o ato, quando na verdade nós devemos conversar, para que as pessoas se sintam confortáveis para falar sobre seus sofrimentos”, afirma a psicóloga.
Quem está em sofrimento, precisa compartilhar seus sentimentos com amigos, pessoas de confiança ou com um profissional. É importante falar sobre aquela sensação de dor física ou emocional que não passa. O suicídio pode ser influenciado por diversos fatores, como uma perda de emprego, divórcio, luto, doença, coisas que fazem com que essa pessoa perca a esperança.
“Uma pessoas que tem em mente tirar a própria vida dá sinais claros. Ela tende a se isolar, fala como está chato viver, automutilação, falas de desvalor sobre si mesmo, não se tem mais vontade de viver e a pessoa que tem esses pensamentos verbaliza isso. Então a conversa é a forma mais fácil de identificar o que está acontecendo”, diz a profissional.
Nem sempre as pessoas estão abertas para ouvir o sofrimento alheio, e a sociedade ainda tem preconceito ao falar sobre isso. “O suicídio é o fim de uma longa trajetória de dor e sofrimento, que muita das vezes é vivida individualmente. As pessoas que pensam em suicídio também tem desejo de viver, então é normal isso oscilar, às vezes se tem a vontade de viver e às vezes desejo de não estar vivo”, finaliza.
Onde encontrar ajuda- A ajuda pode vir por vários caminhos. Um deles é o SUS, o Sistema Único de Saúde, só precisa ir até uma unidade básica de saúde, que está disponível para a população. Ou também os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e ambulatórios de saúde mental que estão espalhados por 22 cidades do Estado.
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