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REFORMA

Servidores públicos de MS fazem ato contra unificação de alíquotas da previdência

21 maio 2020 - 08h40 Por Da Redação

Um projeto de lei complementar, enviado pelo governo do estado de MS com o objetivo de unificar a alíquota de contribuição para a previdência estadual em 14% para servidores ativos, aposentados e pensionistas, foi aprovado em primeira votação na manhã da última quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa.

Entidades que representam os servidores se manifestaram contra o projeto. As instituições alegam que no caso da educação, por exemplo, essa modificação representaria cerca de R$ 250 a menos no salário dos servidores administrativos. Profissionais aposentados da saúde receberiam cerca de R$ 400 a menos e os ativos, teriam de R$ 100 a R$ 150 descontados.

Ao programa Giro Estadual de Notícias de quinta-feira (21), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) que votou contra o projeto, informa que a reforma está sendo realizada em um momento inoportuno. "Nós estamos vivendo um momento de pandemia, pessoas perdendo o emprego e preocupadas com as incertezas. Os servidores públicos foram surpreendidos trâmitando de uma forma tão rápida, sendo apresentado na Assembleia, passando pelas comissões e sendo aprovado em segunda votação", explica.

O deputado explica também que privatizações estão por vir. "O MS vem fazendo estudos no sentido de privatizar a MS Gás e Sanesul. Essa Reforma da Previdência vai subtrair ainda mais os vencimentos dos servidores", adianta.

Os profissionais pedem que o projeto seja retirado para que haja uma discussão, como houve em outros estados que adotaram a alíquota progressiva.

Em uma carreata, embora proibida na capital por conta da pandemia, eles saíram da Federação dos Trabalhadores em Educação, no bairro Amambaí, percorreram o centro, seguiram para frente da governadoria. Depois seguiram até a Assembleia Legislativa.

Depois da aprovação do texto do projeto, os deputados votarão as emendas em destaque. A previsão é que o projeto passe por uma segunda votação ainda nesta quinta-feira (21). Segundo o executivo, a proposta faz parte da reforma da previdência em Mato Grosso do Sul, aprovada em dezembro do ano passado.

Outras categorias também participaram. Vocês sabem que houve em março uma decisão da justiça contrária a passeata , carretas e aglomerações em campo grande nesse momento de pandemia, nós questionamos os organizadores sobre isso que disseram que todos participantes foram orientados a não descer do carro.