Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta quarta-feira (30), o diretor regional do Senai/MS, Rodolpho Mangialardo, destacou o esforço da instituição para atender a jovens da chamada “geração nem-nem” – aqueles que nem estudam nem trabalham – e inseri-los no mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul.
Segundo Mangialardo, o Senai/MS tem ampliado sua presença com unidades móveis, contêineres e carretas, além das 15 unidades físicas, alcançando 78 dos 79 municípios do estado. “É uma tarefa desafiadora, mas estamos desenvolvendo ações regionais junto com a Fiems e nosso presidente, Sérgio Longen, para oferecer capacitação e mudar a perspectiva desses jovens, especialmente nas áreas com maior demanda”, afirmou.
Para garantir uma formação direcionada e eficiente, o Senai segmentou seus programas por regiões, considerando as vocações econômicas locais. No norte do estado, a atuação se concentra na indústria de mineração, enquanto no leste, entre cidades como Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, o foco está nos setores florestal e de celulose. Já no sul, a prioridade é dada às áreas de alimentos, bebidas e bioenergia. “Temos dialogado constantemente com as indústrias e recursos humanos locais para entender as necessidades específicas e direcionar nossos investimentos de forma estratégica”, disse Mangialardo.
Rodolpho Mangilardo foi entrevistado pelo Giro Estadual de Notícias
O diretor também enfatizou o papel das feiras de empregabilidade e parcerias com organizações como a OAB/MS e o Governo do Estado, que têm impulsionado oportunidades de trabalho para os capacitados pelo Senai. Em outubro, uma feira de bioenergia realizada pelo Senai/MS em parceria com a Biosul movimentou oito cidades, conectando mais de 1.000 candidatos a vagas de emprego no setor, com 470 encaminhamentos diretos.
Mangialardo ressaltou o impacto social da qualificação profissional para o desenvolvimento econômico do estado, sublinhando que a empregabilidade representa uma alternativa sustentável ao assistencialismo. “É mais viável empregar um técnico qualificado do que sustentar assistencialismo. Nosso objetivo não é apenas político, mas focado em gerar oportunidades reais de mudança”, disse ele. Hoje, cerca de 90% dos alunos formados pelo Senai/MS já saem empregados, com salários iniciais entre R$3.500 e R$4.000, que podem chegar a R$22.000 conforme a experiência e a qualificação.
Se tratando da faixa-etária do público atendido pelo Senai, o diretor afirmou que o Senai atende de "alfinete a foguete", abrangendo desde jovens de 14 anos até aqueles com mais experiência, de 65 a 70 anos. "Pessoas de todas as idades estão se qualificando, mas a maior parte tem entre 23 e 40 anos. É importante destacar que começamos com jovens de 14 anos no programa Jovem Aprendiz, onde eles são contratados por empresas para fazer um curso no Senai e já entram no mercado como funcionários. E para aqueles que já estão na indústria e querem se requalificar para ganhar um 'faz-me rir' a mais, aumentando a renda mensal, também oferecemos essa oportunidade", revela.
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