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CLIMA

Sem previsão de chuva, Defesa Civil de MS alerta continuidade de baixa umidade para os próximos dias

20 julho 2022 - 12h00 Por Da Redação

Mato Grosso do Sul vive um dos momentos mais secos do ano. A situação preocupa, já que o bioma pantaneiro vem enfrentando uma onda de queimadas, e a baixa umidade relativa do ar contribui para os focos de incêndio. Ontem (19), por exemplo, Coxim, a 253 km de Campo Grande, foi o município brasileiro com a pior umidade do ar, marcando um índice de 15%.

Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação nesta quarta-feira (20), o coordenador estadual da Defesa Civil de MS, Coronel Fábio Catarinelli, afirma que sistema vem atuando com o Corpo de Bombeiros no Pantanal. “Nesse período de estiagem a Defesa Civil vem monitorando os incêndios na região pantaneira, já que a região volta a pegar fogo neste ano. Estamos em um período seco, de baixa relativa do ar, altas temperaturas, sem previsão de chuva... Todo cuidado com o uso de fogo é pouco”, alerta.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que cerca de 123 mil hectares já foram queimados no bioma Pantanal. A maior parte desse número está concentrado no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Segundo Jaime Verruck da Semagro, MS deve entrar em estado de emergência ambiental. “A ideia é reativar imediatamente lá no CIOPS, na Polícia Militar o Centro Integrado de Monitoramento dos Bombeiros, Imasul. Semagro e Sejusp. Fazer uma intensificação da fiscalização e do monitoramento, do patrulhamento por das áreas por parte da Polícia Militar Ambiental e também continuar com as ações de prevenção de fazer aceiros nas propriedades e que são extremamente importantes para evitar aí desastres maiores”, explicou.


O coordenador estadual da Defesa Civil de MS, Coronel Fábio Catarinelli

Catarinelli destaca que prevenção é a palavra chave para evitar grandes estragos. “Existem várias salas de monitoramento em que fazemos o acompanhamento diário dessas informações. Um dos serviços que o sistema faz de forma preventiva é o envio de alerta por SMS para a população. No Estado fazemos o monitoramento desses indicadores que podem se transformar em desastre”, reforça.

É importante destacar que a umidade relativa do ar é a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera em relação à quantidade máxima (ponto de saturação) que poderia suportar nessa mesma temperatura.

Na prática, podemos dizer que a umidade relativa do ar é mais baixa no inverno, quando no Brasil há períodos maiores de estiagem, principalmente no final da temporada; e no verão ela é mais alta, já que nos dias quentes da estação há grande evaporação após as pancadas de chuva típicas da estação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal para saúde é entre 50% e 80% – por isso quando o nível fica entre 20% e 30% as regiões entram em estado de atenção. A umidade do ar a 10%, por exemplo, é um nível compatível com o do Deserto do Saara, por exemplo.

“20 e 30% é uma condição desagradável para a saúde, mas que gera condições para um aumento de incêndios florestais. Acaba facilitando a secagem da vegetação que fica propícia a pegar fogo. Infelizmente, a maior causa dos incêndios florestais é humana e por isso falo novamente sobre a prevenção”, afirma.

Falando sobre o tempo de hoje, Campo Grande registra 21ºC nesta manhã, com ventos de 21 km por hora e umidade relativa do ar em 52%. A máxima pode chegar aos 31ºC.

No interior os termômetros podem chegar hoje aos 34ºC em Corumbá e Coxim, 32ºC em Dourados, 31ºC em Três Lagoas e 29ºC em Ponta Porã.

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