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SAÚDE

Sarampo ainda é ameaça para crianças e adultos no Estado

28 outubro 2019 - 11h47 Por Carlos Ferreira

Durante o período de campanha contra o sarampo, entre os dias 07 e 25 de outubro, os pais de mais três mil crianças compareceram às unidades de saúde para imunizar os filhos, e quase dez mil levaram o cartão de vacinação dos pequenos para confirmar a necessidade de aplicar a dose. A segunda etapa da campanha começa no dia 18 de novembro e vai imunizar adultos de 20 a 29 anos que não estão com a carteirinha em dia.

De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Gislaine Coelho Brandão, em entrevista ao programa “Giro Estadual de Notícias” desta segunda-feira (28), a campanha ainda não terminou e todos devem saber se tem as duas doses da vacina.

Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Gislaine Coelho Brandão

“Isso fica a cargo da Unidade de Saúde de cada município. Dentro do próprio sistema de cada UBS, eles conseguem puxar o histórico da pessoa com o prontuário para saber se ela tomou ou não as duas doses”, explica.

A campanha, que aconteceu nacionalmente durante o mês de outubro, tinha como foco as crianças com idades entre seis meses e menores de cinco anos.

“Entre seis meses e um ano, ele deve tomar a ‘dose zero’, que é complementar por conta do surto de sarampo. A dose dá uma imunidade prévia para essas crianças. Acima de um até 50 anos, essas pessoas devem ter as duas doses, mas caso não tenha tomado, ela pode tomar no decorrer da sua vida”, afirma.

O número de imunizados dobrou em relação à primeira metade da campanha, que tinham sido aplicadas 1.392 doses do imunobiológico só em Campo Grande. A maior preocupação estava nas crianças entre seis meses e menores de um ano, que, por ainda não terem o sistema imunológico completamente formado, evoluem para quadros mais graves quando contraem a doença.

“É uma média de quatro mil por mês que o Estado vacina. De acordo com a preliminar neste mês, cerca de seis mil já foram vacinadas, e a expectativa é maior ainda na próxima etapa”, diz.

Nos dez primeiros dias da campanha em Campo Grande, havia uma baixa procura pela imunização dessa faixa etária, sendo que somente 588 crianças tinham sido vacinadas. Nos dias seguintes esse número quase triplicou, sendo aplicadas 1.413 doses no total.

“Alguns pais não acham tão importante por que algumas vezes eles não conhecem alguém que tenha tido a doença. O nosso problema é sensibilizar a população que o sarampo é uma doença grave, contagiosa e que pode levar o bebe a óbito. Por isso que ampliamos a vacinação para crianças de seis meses a um ano”, explica.

Os pais que ainda não procuraram uma unidade de saúde para vacinar seus filhos não precisam ficar preocupados, já que a tríplice viral pode ser encontrada em qualquer unidade básica de saúde ou da família, de segunda a sexta-feira no horário comercial. As doses também estão disponíveis nos CRSs aos sábados, domingos e feriados.

“Orientamos que as crianças menores de seis meses que não tomaram a vacina, não seja expostos a locais públicos como shopping, mercados, praças para evitar que ela entre em contato com uma pessoa que tenha sarampo”, afirma.

Tire suas dúvidas:

Quem não sabe se já tomou a vacina deve se imunizar?

Se não há comprovação de vacinação prévia, é importante tomar todas as doses recomendadas, sim. Elas estão disponíveis na rede pública – mais abaixo, você verá o protocolo adequado para cada idade.

Caso a pessoa tome uma dose adicional, há risco para a saúde?
Não. As reações alérgicas, raríssimas, tendem a aparecer na primeira dose.

A vacina do sarampo protege contra outras doenças?
Sim. A versão tríplice viral estimula a produção de anticorpos contra sarampo, rubéola e caxumba. Já a tetra viral também afasta o risco de catapora (varicela).

Quantas doses da vacina eu preciso tomar e quando?
Deve-se seguir o calendário orientado pelo Ministério da Saúde. O esquema vacinal contra o sarampo para crianças é de uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses (a tetra viral) de idade.

Para a turma de até 49 anos que não cumpriu esse esquema, o Ministério preconiza:
• Até os 29 anos: duas doses, da tríplice ou tetra viral
• Dos 30 aos 49 anos: dose única, da tríplice ou tetra viral

Quem já tomou duas dessas injeções durante a vida não precisa mais se preocupar. Mas em caso de surtos – ou mesmo durante campanhas de reforço da vacinação –, não custa tomar uma picada adicional. Nessas situações, siga as instruções das autoridades.

As duas doses padrão garantem uma proteção de mais ou menos 90% contra o sarampo. E uma terceira poderia turbinar ainda mais nossas barreiras imunológicas.

Quais os sintomas do sarampo?
•    febre acompanhada de tosse;
•    irritação nos olhos;
•    nariz escorrendo ou entupido;
•    mal-estar intenso;
•    manchas na pele.