O Giro Estadual de Notícias recebeu nesta quarta-feira (26), o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de MS (FEHBESUL), Ivandro Fonseca, que esclareceu sobre as dificuldades financeiras que as unidades hospitalares do Estado têm enfrentado em relação a Covid-19. A FEHBESUL protocolou em novembro de 2021, um estudo de viabilidade econômica, solicitando um aporte adicional em consideração as dificuldades financeiras das unidades hospitalares. O incremento foi pontual, repassado em parcela única no mês de dezembro, e totalizou mais de R$ 15,6 milhões.
Recentemente, profissionais da saúde da Santa Casa que ameaçavam greve em Campo Grande, descartaram a possiblidade após o pagamento dos salários atrasados. O presidente explicou sobre os repasses e de onde vem o custeio da saúde pública. “Em Campo Grande nós temos uma realidade onde o custeio da saúde pública, principalmente a questão hospitalar, representa em torno de quase 65%. Essa relação de pagamentos à saúde pública, é entre governo federal, Estado e município, mas a maior parte é do governo federal”, explica.
Todo recurso é repassado do fundo nacional de saúde para o fundo municipal de saúde, após o dinheiro cair em conta, são três dias para efetivar o repasse, se acontece um atraso nesse no repasse, a federação entra em contato com o hospital e faz uma notificação ao prefeito do município, para que as providências cabíveis sejam tomadas.
O presidente ainda explica que diante desse cenário pode acontecer atrasos nos repasses, e outros eventuais problemas como a questão de sistemas. “É importante deixar claro que, o cidadão precisa acompanhar, ele tem direito de saber onde está sendo aplicado cada centavo que ele paga de imposto”, acrescenta.
A federação tem por objetivo minimizar esse impacto diante desse atual cenário de pandemia. O presidente ainda contou sobre um novo projeto que está sendo tramitado, onde a pauta é conseguir R$ 2 bilhões para o atendimento das Santas Casas pré-filantrópicas do país. “Com certeza isso vai refletir economicamente, e vai ajudar a minimizar o impacto que nossos hospitais sofreram”, finaliza.
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