No final do mês de maio o Governo Federal emitiu um alerta de emergência hídrica para o período de junho até setembro em cinco Estados brasileiros: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos do País. A razão é a escassez de precipitação na região hidrográfica e a previsão é de pouco volume de chuvas para o período.
A situação desfavorável prevista para os próximos meses representa impactos no uso das águas, em especial para os usos de lazer, turismo, navegação e geração de energia.
A Sanesul, inserida neste contexto, tem acompanhado o tema, pois o mesmo fenômeno ocorreu durante o ano passado tendo afetado principalmente a bacia do Rio Paraguai e Rio Taquari – região do Pantanal, causando intermitência isolada em alguns sistemas de abastecimentos de água operados pela Companhia. Para falar sobre o assunto, o diretor-presidente da Sanesul, Walter B. Carneiro Júnior, destacou que o alerta fez com que a empresa solucionasse medidas para evitar a falta de água nas residências atendidas pela companhia. “O alerta dos órgãos nacionais, orientou dizendo sobre o alerta de escassez das chuvas, sobre o comprometimento que a bacia do rio Paraná já sofreu, a sinalização do comprometimento da bacia do rio Paraguai e os baixos níveis dos rios da composição das bacias hidrográficas. Mais de 50% da lavoura é perdida por falta de chuva”, destacou no programa Giro Estadual de Notícias desta segunda-feira (21).
A situação desfavorável prevista para os próximos meses representa impactos no uso das águas, em especial para os usos de lazer, turismo, navegação e geração de energia. “Estamos alertando a toda a população, fundamentalmente, para o uso correto da água, que sejamos prudentes, evitando desperdício de uma água que é coletada, tratada e levada para até a casa de cada cidadão sul-mato-grossense, para que esse bem tão precioso não falte", alerta.
Segundo o departamento de operações da Sanesul, somente nos primeiros meses de 2021 já foram iniciados novos processos para a contratação de perfuração de mais 13 poços em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, em localidades que sofreram com o calor intenso no último ano ou previamente de forma a evitar problemas no próximo período seco. “Está prevista a perfuração de poços nas cidades de Naviraí, Alcinópolis, Figueirão, Itaquiraí, Arapuá (distrito de Três Lagoas), Vila Quebracho (distrito de Anaurilândia), Juti, Vila São João Do Taquarussu (distrito de Taquarussu), Eldorado, Chapadão do Sul e Amambai”, informa Elthon Teixeira, Gerente de Desenvolvimento Operacional – GEDEO.
“Nós temos um plano de contingenciamento, baseado em dados de anos anteriores, de melhoramento na gestão da distribuição de água, perfuramos novos poços, melhoramos a capacidade de armazenamento e estamos vistoriando cada distrito de abastecimento para evitar transtornos com falta de água", explica.
Universalização - A companhia já atingiu a universalização do abastecimento de água nas localidades operadas. Agora, mantém um cronograma de obras de infraestrutura em rede de esgoto e construção de ETEs, com recursos próprios e Federais, e conta com uma Parceria Público-Privada/PPP que vai acelerar do processo da universalização do esgotamento em MS. A meta da Sanesul é atingir 98% de cobertura em até 10 anos.
Dessa forma, Mato Grosso do Sul conseguirá cumprir o compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU) - uma resolução pela ONU de 2010 - que declarou o acesso à água limpa e segura e ao saneamento básico como direitos fundamentais. E, com o texto do novo marco legal do saneamento básico que tem a meta de garantir o atendimento de 99% da população com água potável e de 90% com tratamento e coleta de esgoto, até 31 de dezembro de 2033. No Estado, investir em saneamento se tornou fundamental para a saúde de todos, inclusive do meio ambiente. Um ecossistema preservado é bom para toda a sociedade.
"Dentro dessas diretrizes foram realizadas diversas ações como contrato de obras e serviços remunerados por performance, aquisição de novos hidrômetros para controle dos volumes micromedidos, aquisição de medidores de grande capacidade para melhor controle da produção e distribuição na rede, ampliação das equipes de campo através de concurso interno, implantação de cadastro georreferenciado, ações de troca de ramais despadronizados e muitas outras, todas visando reduzir vazamentos e perdas de água", finaliza.
PROGRAMA GIRO ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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RÁDIO SERRANA FM 88,7 – NIOAQUE
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