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POLÍTICA

Saindo da Itaipu e voltando para a política, Marun ainda não confirma candidatura

15 abril 2021 - 10h31 Por Carlos Ferreira

O ex-deputado federal e prestes a deixar o cargo de conselheiro de administração da Itaipu Binacional, Carlos Marun (MDB), confirmou em entrevista ao Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação nesta manhã (15), que está de fato deixando a Itaipu Binacional para voltar a política. Mas Marun ainda não tem planos de se candidatar, e sim trabalhar nos bastidores para uma possível volta do ex-governador André Puccinelli (MDB) ao cenário político no ano que vem.

“Quando eu digo que estou saindo para me envolver na política, isso não quer dizer que eu vou me candidatar. Eu ainda não defini, mas eu estou me referindo a um convite do MDB para atuar na coordenação de um projeto de valorização do ‘governo de centro’”, detalha.

Marun complementa que o ex-governador André Puccinelli é um dos nomes mais bem avaliados pelo partido para participar da disputa nas eleições do ano que vem. “Temos a convicção que a candidatura de André Puccinelli é o melhor para Mato Grosso do Sul. Ele [Puccinelli] era o melhor e bem mais avaliado na época de sua última candidatura. Tudo é uma construção e depende da disponibilidade dele em ser candidato, porém temos mais alguns meses para antes de tomar essa decisão”, explica.

Governo Temer – O ex-deputado avalia que em curto período o governo de Michel Temer trouxe bons resultados para o País. “O Brasil foi governado por projeto de centro. Um governo que recebeu diversos ataques recebidos, trouxe muitos ganhos para o País no seu curto tempo de atuação. Nós queremos que os brasileiros saibam disso. Pegamos o governo em 2016 com uma resseção acumulada de -8.3%, e entregamos em 2018 com um crescimento de 1.8%. Nós revertemos 10% na questão econômica em apenas 2 anos de governo, isso sem ter conseguido aprovar a Reforma da Previdência que era a grande alavanca para o desenvolvimento”, salienta. Marun foi ministro da Secretaria de Governo Temer por um período, até ser nomeado para exercer a função de conselheiro de Itaipu Binacional, no qual permanece até hoje.

Mesmo com a aproximação do MDB e a atual gestão do presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro argumenta que isso não trará prejuízos para o eleitorado do partido que tem uma visão mais centrista da política nacional. “Não estamos entrando nessa discussão sobre o candidato de centro nas próximas eleições ou impondo nome, por exemplo. Estamos entrando destacando as virtudes dos ganhos do governo de centro. Mas há emedebistas que são mais simpáticos com o presidente Bolsonaro, da mesma forma que há aquelas que defendem o Lula”, ressalta.

Suspensão da licitação da ponte em Porto Murtinho - Conforme já noticiado pelo portal A Crítica na manhã de ontem (14), o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, ordenou a suspensão da licitação da ponte que será construída na cidade de Carmelo Peralta com ligação a Porto Murtinho, a 439 km de Campo Grande. O País ia pagar US$ 30 milhões - dinheiro vindo do lado paraguaio da Itaipu Binacional. Segundo o presidente da República, essa verba será redirecionada para a compra de remédios e insumos em função da crise de saúde instaurada no País por conta da Covid-19.

“Foi um dia tenso e um assunto que nos preocupa muito. Desde ontem estamos estabelecendo contato com o presidente Benítez, demonstrando a nossa inconformidade com a decisão. Lembrando que o acordo que permite a construção dessa ponte é de mão dupla. A margem brasileira também está pagando [...] Não cabe agora o Paraguai adiar esse projeto de implementação da ponte em Porto Murtinho. Ao final da noite de ontem, o embaixador brasileiro do Paraguai me enviou mensagem confirmando que tinha recebido um contato da chancelaria paraguaia, de que está mantido o compromisso para a construção da ponte, mas não posso negar que estou preocupado”, afirma. A estimativa de Marun é que a retomada das licitações voltem em até 30 dias.

Saída de Itaipu - Marun anunciou no começo do mês que estava de saída do posto de conselheiro de administração da Itaipu Binacional. Segundo o ex-deputado, a saída da Itaipu Binacional já estava sendo tratada com o governo federal e deve ser oficializada assim que for definido um substituto.

“Estou aguardando a indicação de um substituto para que eu me desligue oficialmente de Itaipu. Na verdade é um encontro de situações. Com as mudanças na direção na Binacional, entendi que era o bom momento da minha saída. Saio sem nenhuma magoa do governo federal, agradeço o presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade, mas a verdade é que vou me dedicar a um projeto político que é incompatível com o exercício de uma função de confiança do presidente”, detalha.

O ex-ministro encara como positiva o período em que esteve a frente do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. “Minha chegada no Conselho representou a chegada de MS nessa grande empresa. Itaipu tem muito a ver com o nosso Estado. Tivemos um marco que é a ponte da Rota Bioceânica, e fui um dos principais articuladores deste acordo que resultou na decisão de pagarmos duas novas pontes entre o Brasil e o Paraguai. Foi algo inédito, já que a empresa nunca havia atuado de forma tão direto com ações em nosso Estado, dentre outros resultados com a minha chegada”, explica.

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