A avanço da pandemia do Covid-19 causou prejuízos inesperados nos diversos setores da economia, particularmente no comércio, que sofre os impactos da perda de poder de compra dos cidadãos e também dos ocasionais fechamentos do comércio. Esse foi o principal tema da entrevista do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL/CG), Adelaido Vila, nesta quinta-feira (18).
Para o dirigente, o comércio também está na UTI. “Infelizmente, diante de todo esse caos e do bater de cabeça de governantes, e essa política negacionista e essa forma de administração sem agilidade, medidas restritivas, infelizmente, em um País como o nosso inviabilizam a ação e consciência das pessoas acabam gerando isso, levando nosso comércio para a UTI”.
Adelaido Vila diz reconhecer a gravidade dos problemas causados pelo vírus, mas avalia que há falta de preparo aos agentes públicos na gestão da pandemia, que ele diz que precisa ser mais humanizada. Para ele, a pandemia explicitou a precariedade do sistema de saúde brasileiro, principalmente nas cidades do interior. “Acabam fazendo gestão da saúde como se fossem agentes de viagem. Eles não têm condições de fazer a gestão de saúde municipal então ele é obrigado a colocar seu paciente, que poderia fazer o tratamento perto de casa e de seus familiares, em uma ambulância e mandar para a Capital”, afirmou.
Para o presidente da CDL, é preciso que os governantes estabeleçam um maior diálogo com o a classe. Nesse sentido, afirmou que propõe, ao invés de restringir o horário de funcionamento do comércio, estender esse atendimento, para dar mais oportunidades de não aglomeração das pessoas. Adelaido Vila também falou do número de infectados no comércio e que não deveria ter distinção do combate ao vírus com a necessidade de preservar e salvar a economia.
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