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GOVERNADOR DE MS

Reinaldo faz balanço, rebate ex-prefeito e anuncia quitação da folha de dezembro ainda em 2022

19 setembro 2022 - 11h50 Por Da Redação

Em entrevista concedida nesta segunda-feira (19) ao Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez uma balanço dos seus dois mandatos à frente da gestão de Mato Grosso do Sul, falando as duas crises que enfrentou – crise econômica em 2016 e pandemia da Covid-19 em 2020 -, o aprendizado que tirou e como deixa o Estado para o próximo governador. Ele também aproveitou para rebater inverdades que estariam sendo ditas pelo ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), candidato a governador, e anunciou que entrega seu mandato no dia 31 de dezembro com todas as folhas pagas, inclusive o salário de dezembro, que deveria ser paga no 5º dia útil de janeiro de 2023.

"Tenho uma gratidão enorme pela oportunidade de governar Mato Grosso do Sul, pois a população me deu a chance de administrar o Estado por dois mandatos. Também fico feliz de encerrar a minha gestão com indicadores econômicos positivos. O jornal Valor Econômico publicou recentemente uma reportagem apontando Mato Grosso do Sul como o Estado com maior crescimento de PIB (Produto Interno Bruto) dos últimos 10 anos e o com o maior crescimento de PIB durante a pandemia da Covid-19. Ou seja, fomos o Estado que mais cresceu mesmo durante uma pandemia tão séria", declarou Reinaldo Azambuja.

Ele completa que o Estado saiu da última colocação nas notas de avaliação fiscal para ser nota "A". "É a maior nota de avaliação de um governo que soube fazer o seu papel, diminuindo o endividamento, crescendo na geração de oportunidades, hoje somos o 2º que mais emprega no Brasil e o 1º em investimento per capita, pois investimos R$ 467,00 por habitante no ano, enquanto São Paulo, que é chamada de locomotiva do Brasil, investe R$ 180,00. Então, temos três vezes mais volume de investimento que o nosso vizinho, que é São Paulo, e que outros Estados do País", pontuou.

O governador lembra que o Estado tem hoje, talvez, os dois maiores programas sociais em execução no momento. "O Mais Social, que é o cartão magnético para a compra de alimentos, e, sobre o que tem sido divulgado na imprensa sobre o aumento da pobreza e na dificuldade de as pessoas mais humildes não terem como comprar alimentos, imagina se o Estado não tivesse criado esse programa e ajudado 100 mil famílias na compra de alimentos. Além disso, criamos o Energia Social, que paga a conta de luz, complementando a renda das famílias em situação de maior vulnerabilidade social. Esses dois programas são um ganho extraordinário para a família que precisa desses recursos e conseguimos reduzir a taxa de pobreza", garantiu.

O gestor completa que também implantou um modelo de escola em tempo integral, regionalizando a saúde, já que, no início de 2015, 46% de todo atendimento de média e alta complexidade era feito em Campo Grande e hoje só 10% é feito. "Lembrando que nós passamos por uma pandemia, que foi uma dificuldade para todos. Mato Grosso do Sul evoluiu muito nos últimos anos, com políticas públicas consistentes e um modelo de gestão aprovado pela população. Porém, ninguém faz nada sozinho, nós temos uma equipe, um grupo de pessoas que colabora com Mato Grosso do Sul", assegurou.

Entre os avanços citados por Azambuja, está a segurança pública, que, conforme ele, é visível. "Todos conseguem verificar que as tropas da Polícia Militar estão mais preparadas, mais estruturadas, com viaturas novas, com helicópteros, com armamentos de alto poder de fogo, com rádio comunicação, com inteligência e mais próxima dos cidadãos. Pegamos o Governo no início de 2015 em uma situação difícil, o Estado com débitos, com obras inacabadas, com grande endividamento, e vamos entregar no dia 31 de dezembro de 2022 para quem assumir em 1º de janeiro de 2023 com as finanças em dia, com as obras sendo executadas, alguma que não terminar o dinheiro fica na conta, não vou passar responsabilidade nenhuma para o próximo gestor como passaram para nós", afirmou.

O governador recorda que, quando tomou posse, eram mais de 200 obras inacabadas e sem dinheiro em conta. "Tivemos de concluir mais de 200 obras inacabadas e uma emblemática, que é o Aquário, que hoje está muito bonito e já recebeu a visita de mais de 140 mil pessoas. Só que foi dispendioso, foi muito caro, pois eram previstos R$ 89 milhões e tivemos de investir R$ 234 milhões, ficamos sete anos cuidado dos peixes, pois não tinha aquário, mas tinha peixes, foi uma loucura aquilo, mas conseguimos concluir essa obra", recordou, acrescentando, que entregará o Estado com indicadores positivos de desenvolvimento econômico e social em todas as regiões.

Pandemia - Com relação à pandemia da Covid-19, Reinaldo ressaltou que ninguém ganhou, todo mundo perdeu. "Mato Grosso do Sul perdeu mais de 10,7 mil vidas até o momento e o aprendizado que tiramos disso é que nós convivemos com o novo, ninguém esperava, ninguém sabia a letalidade do vírus, como isso seria tratado na rede pública de saúde. O que nós fizemos primeiro foi ampliar exponencialmente o número de leitos, nós tínhamos 241 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) quando assumimos o Governo em 2015 e hoje são 523 leitos espalhados por todas as regiões do Estado", revelou.

Ele completa que aumentou em 1.054 o número de leitos hospitalares que atendem o SUS (Sistema Único de Saúde), pois a gestão anterior tinha fechado 600 leitos de atendimento. "Nós inauguramos o Hospital do Trauma, um hospital em Três Lagoas, um hospital na Grande Dourados, outro em Naviraí, o Hospital Marechal Rondon em Jardim, o hospital de Amambai, o hospital da fronteira em Ponta Porã, a Santa Casa de Paranaíba e, com relação à Santa Casa de Corumbá, a nova estrutura hospitalar será entregue nos próximos dias à população da região do Pantanal", anunciou.

Reinaldo Azambuja em entrevista ao Grupo Feitosa
Reinaldo Azambuja em entrevista ao Grupo Feitosa de Comunicação

Azambuja informou ainda que atendeu os hospitais pequenos, com convênios com os municípios. "Em Rio Verde, estamos finalizando as tratativas para construir um novo hospital, assim como em Coronel Sapucaia, Anastácio, Miranda e Maracaju, onde concluímos o Pronto-Socorro, reestruturamos o hospital e, nos próximos dias, vamos inaugurar a nova maternidade. O Estado olhou para todas as regiões e, no caso da Covid-19, durante muito tempo fomos o 1º em vacinação da população no Brasil", lembrou.

O governador também falou sobre o Programa Prosseguir, que dosou a saúde e a economia. "Se fechássemos todos os estabelecimentos comerciais e industriais, iríamos quebrar. Por que Mato Grosso do Sul teve o maior crescimento de PIB? O ex-secretário Eduardo Riedel foi o presidente do Prosseguir e soube dialogar com os segmentos impactados. Dialogou na saúde para quê? Para garantir a vacinação, os respiradores, os leitos, dinheiro para transportar e ajudar os municípios", declarou.

Reinaldo aproveitou para fazer um contraponto ao ex-prefeito de Campo Grande, que disse em algumas entrevistas que o Estado não ajudou a Capital durante a pandemia. "Pelo contrário, quem ajudou a saúde dos 79 municípios foi o Governo, repassamos dinheiro para as prefeituras, incluindo a da Capital, todos os leitos de UTI nós equipamos com respiradores modernos, fortalecemos as equipes e fomos o Estado que mais vacinamos no Brasil porque adotamos uma logística de pagar para quem aplicava os imunizantes, demos um complemento salarial. Tudo isso levou Mato Grosso do Sul a ser líder de vacinação durante o pico da pandemia e, junto com isso, fomos flexibilizando a economia, ou seja, vacinamos mais e fechamos menos estabelecimentos comerciais e industriais", garantiu.

Após o Prosseguir, o governador reforça que foi criado um programa de retomada, que foi elaborado por Eduardo Riedel para ajudar bares, restaurantes e turismo, que foram os mais impactados. "O aprendizado com essa pandemia, pois nunca tínhamos passado por isso, é que pudemos contar com o apoio das equipes de saúde, tanto do Estado, quanto dos municípios e da União, realizamos uma verdadeira operação de guerra contra a Covid-19. Saímos na frente na questão do desenvolvimento econômico, como um dos Estados que menos paralisaram as atividades, não teve lockdown total, como em alguns Estados, e nós conseguimos crescer", comparou.

Azambuja acrescenta que o Estado deixa uma estrutura muito melhor de saúde pública, que é de responsabilidade do Estado, e um apoio aos municípios. "Onde está o grande problema da saúde pública hoje? A falta de médicos é lá no posto de saúde do bairro. Esse problema é de responsabilidade do município. Nós vamos fugir disso? Não. Se olharem no programa de governo do Eduardo Riedel (candidato a governador pelo PSDB) está que serão destinados recursos financeiros para os municípios contratarem equipe de médicos para atender mais nos postos e, assim, desafogar os hospitais, que vão passar a cuidar só dos casos de média e alta complexidade. Tivemos problemas, mas, graças a Deus, posso afirmar que Mato Grosso do Sul fez a sua parte", pontuou.

Situação financeira

A respeito da situação financeira de Mato Grosso do Sul, o governador garante que fez uma grande reforma estruturante do Estado. "Me entristeceu ver que, no início da crise econômica de 2016, funcionários públicos do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais em uma fila para pegar um sacolão porque não recebiam salário. Em Mato Grosso do Sul, nós mantivemos a regularidade de pagamento, fizemos promoções, ascensões, produtividade e reajuste salarial e está desinformado quem diz que o Estado não deu reajuste, demos sim e com ganhos acima de inflação do período", assegurou.

Ele informou que o Estado paga o melhor salário de professor concursado do Brasil e, para o convocado, paga mais do que a maioria dos Estados. "Nós estamos cumprindo o nosso papel, pagar salário em dia é obrigação, mas muitos Estados não conseguiram. Graças a Deus, nós conseguimos e vai ser assim até o dia 31 de dezembro deste ano. O salário de dezembro, que sempre é pago no 5º dia útil do mês subsequente, neste ano vamos pagar em dezembro mesmo porque não quero aquela discussão de que vou passar o Governo com uma folha atrasada", revelou.

Reinaldo disse que o seu mandato termina dia 31 de dezembro e o servidor estadual terá a folha do mês de dezembro quitada até o dia 31 de dezembro. "Isso é muito importante porque dá tranquilidade, permitindo ao servidor se planejar, se organizar. A maioria dos Estados não dá conta nem de pagar o salário, ainda temos Estados com salários atrasados, e, para nós, pagar em dia os servidores e os fornecedores mostra credibilidade. Hoje, na área de obras públicas está tudo regular, com tudo executado", afirmou.

No próximo dia 27 de setembro, conforme ele, vai ser aberta a licitação da obra do novo acesso aos bairros que integram as Moreninhas e também serão feitas outras obras estruturantes em Campo Grande. "Essa obra nas Moreninhas receberá investimento de mais de R$ 50 milhões, sei que até dezembro não ficará pronta, mas o dinheiro já está na conta, então, o próximo gestor terá o recurso disponível para concluir todas as obras que estão em andamento, não vou deixar nenhuma obra sem concluir que não tenha o dinheiro na conta. Isso é responsabilidade, isso é se preocupar, pois, se você larga a obra inacabada e sem dinheiro, a dificuldade será ainda maior", ressaltou.

O governador revelou que passou por essa dificuldade para concluir mais de 200 obras, incluindo o Aquário do Pantanal e a obra da UEMS na saída para Rochedo. "O próximo gestor não vai ter esse problema, pois, todas as obras que porventura forem terminadas até o dia 31 de dezembro, nós vamos deixar o recurso na conta. Quem governa, tem de ter responsabilidade e, nesta campanha eleitoral, muitos candidatos estão prometendo tudo, mas vai fazer de que forma? Vai tirar o dinheiro de onde? Como vai pagar essa conta? As finanças públicas são iguais ao orçamento familiar, se você ganha R$ 5 mil, mas gasta R$ 6 mil, terá de entrar no cartão de crédito ou entrar em outra dívida. No Governo, não é diferente, se você arrecada um, não pode gastar dois, caso contrário terá um buraco para cobrir", aconselhou.

Sobre as medidas impopulares que tomou no início do mandato, ele disse que foram necessárias para mudar o patamar de Mato Grosso do Sul. "Hoje somos um Estado saudável financeiramente, que cumpre com as suas obrigações e que tem o maior volume de investimento. Não adianta você fazer medida impopular e gastar só na máquina pública. Hoje, estamos gastando para fora do Governo, sempre falei para a minha equipe: vamos gastar menos com o Governo para poder gastar mais com as pessoas. O que é gastar mais com as pessoas? É investir em segurança pública, nos programas sociais, com a regionalização da saúde e com as escolas em tempo integral", detalhou.

Azambuja falou que viu todos os candidatos falarem em escola em tempo integral, muitos até que já governaram. "Porque não implantaram quando eram prefeito ou governador? Nós implantamos metade da rede estadual em tempo integral. Isso é bom porque melhora o aprendizado dos nossos jovens, que podem usar laboratórios de ciências, de robótica. Melhoramos a infraestrutura das nossas escolas, colocamos mais computadores, mas, existem alguns desinformados falando que não temos laboratórios nas escolas. Hoje, nós temos dois dos laboratórios mais modernos de robótica e de ciências dentro das nossas escolas estaduais, isso não tinha, é algo novo", garantiu.

Ainda sobre as medidas impopulares, o governador disse que elas foram necessárias. "Tem gente que promete o céu, mas não entrega, outros prometem um sonho, mas, quando se elegem, vira um pesadelo, pois não dá conta de cumprir, não dá conta de fazer uma gestão em benefício das pessoas. Temos como exemplo Campo Grande, pois, quando o prefeito bateu na porta do Governo do Estado em 2016 para tapar buraco, nós ajudamos, quando pediu apoio para pagar a contrapartida dos convênios das obras na Bandeirantes, na Mato Grosso, na 14 de Julho, nós ajudamos, quando precisou reformar o Ginásio do Guanandizão, o Estádio do Morenão, a piscina olímpica no Parque Ayrton Senna e as obras no Aero Rancho e em todos os bairros, o Governo disponibilizou o recurso", disse.

Ele também completou que o seu Governo está presente nas 79 cidades e um exemplo é o asfalto que liga Coronel Sapucaia a Paranhos, cuja obra já começou a ser feita, depois vai até Sete Quedas, pois já tem os recursos na conta e vai licitar essa obra. "Saímos lá do distrito de Sanga Puitã, no município de Ponta Porã, e viemos até Aral Moreira, de lá até Vila Marques e, depois, até Coronel Sapucaia e, em seguida, até Paranhos, de onde vamos para Sete Quedas e chegaremos a Mundo Novo, ou seja, vamos interligar todo a fronteira com asfalto, levando desenvolvimento para aquela região", anunciou.

Segundo Reinaldo, o Estado soube tomar as medidas impopulares, mas soube também devolver para a população investimentos importantes. "Na noite desta segunda-feira (19/09), vamos inaugurar a Arena Maracaju, que não tinha um ginásio coberto, pois, mesmo nas gestões dos ex-governadores Pedro Pedrossian e Marcelo Miranda, que tinham programas de construção de ginásios pelo Estado, não conseguiram contemplar o município. Agora, faremos uma grande festa com o craque de futsal Falcão e com um evento de sub19 com as melhores equipes do Brasil", informou, lembrando que, quando se investe no esporte, está investindo no social. "Temos mais de 30 mil crianças e adolescentes atendidos por 742 professores de Educação Física contratados pelo Governo para atuar nas escolas estaduais espalhadas pelos nossos 79 municípios", detalhou.

Industrialização - Quanto à industrialização do Estado, Azambuja pontuou que sua gestão ajudou a mudar o perfil de Mato Grosso do Sul, regionalizando o desenvolvimento. "O município de Inocência vai receber uma das maiores fábricas de celulose do mundo, que é da chilena Arauco, enquanto Ribas do Rio Pardo a Suzano já está montando a planta de celulose. Não é só área de celulose, a indústria da transformação também está presente no Estado, pois, nós éramos exportadores de carne in natura e estamos nos transformando em um Estado exportador de carnes processadas, carnes de suíno, de frango e de bovinos", exemplificou.

De acordo com o governador, isso é fruto de uma política que troca impostos por empregos. "Temos uma fábrica de etanol produzido do milho em Dourados, uma outra sendo montada em Maracaju e uma terceira sendo montada em outra região do Estado. Isso é transformar a matéria-prima, que é o milho, em etanol e em DDG, que é um subproduto. Além disso, inaugurei recentemente em Bataguassu a maior fábrica de hambúrgueres do mundo. Por que essa fábrica foi para Bataguassu? Porque o Governo trocou impostos por emprego, pois a fábrica emprega mais de 400 pessoas", comparou.

Nesta terça-feira (20), Reinaldo disse que sai de Maracaju e volta para Bataguassu, onde tinha uma indústria fechada há 14 anos e agora será reaberta. "Trata-se de uma nova fábrica de óleo de soja, tira o grão da soja e transforma em óleo comestível, assim, saímos de um patamar de exportar o grão da soja para exportar óleo refinado, óleo bruto e farelo de soja. Estamos deixando de ser um Estado só produtor de matéria-prima para um Estado industrializado. O reflexo disso está no número de vagas de emprego abertas, o Estado é um dos que mais empregam no Brasil, só em Campo Grande a agência responsável pelo oferecimento de vagas tinha 1.280 colocações em aberto em todas as áreas só na manhã desta segunda-feira. Isso é crescimento econômico, política de incentivos fiscais que funciona bem, não existe caixa-preta, esse blá blá blá aí é conversinha de quem não tem o que falar, ou de quem não tem capacidade para fazer", criticou.

Hoje, conforme ele, Mato Grosso do Sul tem a melhor lei de incentivos fiscais do Brasil e foi copiada na íntegra pelo Distrito Federal e Goiás. "Os governos deles pediram para nós se poderiam copiar a nossa lei e aprovar na Assembleia Legislativa deles, claro que autorizamos, pois, se é boa, vamos dividir com os outros entes da Federação. Hoje, nós crescemos muito, principalmente no eixo de qualificação profissional, porque não adianta trazer uma grande fábrica e as vagas de empregos serem absorvidas pela mão de obra de outros Estados. Por isso nós estamos com a Escola Técnica Profissionalizante, por isso estamos ampliando as ofertas de cursos da UEMS. Abrimos um polo da UEMS lá na região das Moreninhas, que vai oferecer cursos superiores. Mato Grosso do Sul não é mais só soja e boi, hoje nós industrializamos a nossa produção agropecuária e exportamos produtos com valor agregado, gerando milhares de empregos", projetou.

Costa leste - Sobre a costa leste do Estado, ele disse que o Governo tem uma grande parceria com a Prefeitura de Inocência e vai receber o prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos, o Toninho, para assinar um convênio de recapeamento de vias públicas no valor de R$ 11 milhões. "Recentemente, o dinheiro do hospital municipal foi pago pelo Estado para a compra de equipamentos para equipar a unidade hospitalar. E, agora, a Arauco, uma das maiores empresas produtoras de celulose do mundo, vai iniciar as obras de instalação de uma fábrica no município. A obra de pavimentação da MS-320, essa rodovia liga Três Lagoas a Inocência e será um novo eixo de desenvolvimento regional da costa leste, está bem avançada. Temos a pavimentação da MS-316, que é um compromisso que fiz de interligar Inocência até Pouso Alto", citou.

Em Três Lagoas, Azambuja lembra que inaugurou o Hospital Regional Magid Thomé, que é um grande polo de atendimento de média e alta complexidade, que fará um mutirão para realizar mais de 1,2 mil cirurgias eletivas que estavam paradas por conta da pandemia. Já em Cassilândia ele falou sobre a travessia do Córrego do Cedro, que era feita só por uma ponte, agora foram construídas mais três pontes de concreto pelo Estado, dando fluxo para quem utiliza aquela via e tinham problemas com acidentes de trânsito. "Criamos mais de 1.578 moradias populares na região da costa leste e olha que os programas habitacionais do Governo Federal diminuíram, mas, mesmo assim, entregamos 38 mil moradias populares no Estado", enumerou.

Só em Campo Grande, de acordo com ele, "onde o ex-prefeito mente todo dia em seu programa eleitoral ao falar que entregou 2,5 mil casas na cidade, pois foi o Estado quem entregou 5,4 mil moradias na Capital em parceria com a Prefeitura, que entrou com o terreno e o Estado com contrapartida financeira e o Governo Federal com o recurso do FGTS". "Habitação popular é tripartite, não dá para esconder a participação do Governo do Estado, pode politizar? Pode, mas fala a verdade, senão começa a ser chamado de mentiroso. Nós estamos com mais de mil unidades habitacionais em construção aqui em Campo Grande, já entregamos 5,4 mil. O Estado fez sim casas populares na Capital, mesmo sem financiamento por parte do Governo Federal", reforçou.

Reinaldo acrescentou que a costa leste é um boom de desenvolvimento e de oportunidades. "Temos agora a nova concessão da MS-112, da 158 e da 356, que, se der certo o leilão agora em novembro, talvez tenhamos um dos maiores eixos rodoviários concessionados, melhorando a estrutura da BR e da MS. Em Paranaíba, temos a implantação de duas usinas, uma de etanol e outra de açúcar, para potencializar o desenvolvimento regional", projetou.

Dourados e região norte - Para Dourados, o governador assegurou que está investindo o maior volume de recursos da história do município. "O Governo do Estado é parceiro da Grande Dourados, no próximo dia 21 vou inaugurar a nova sede do DOF com heliponto e com helicóptero, que vai ficar lá na cidade para apoiar as operações de segurança pública. Todas as avenidas e o quadrilátero central recapeados, vou assinar a ordem de início da obra de duplicação da Coronel Ponciano, estamos terminando a obra de travessia da BR-163, onde aconteceram muitos acidentes e agora tem um viaduto construído com apoio nosso. O aeroporto em alguns dias o Exército vai entregar a pista toda reformulada, também vamos construir o novo terminal de passageiros", detalhou.

Em Rio Verde, conforme Reinaldo, serão pavimentados os acessos aos balneários e os bairros da cidade. "Com o prefeito que assumiu agora, nós temos o compromisso de pavimentar os bairros Ouro Verde, Campo Alegre, Jardim dos Estados, Coronel Manoel Mariano e Santa Inez. Além disso, vamos reformar o ginásio municipal e o novo hospital, que é fruto do projeto do prefeito que trouxe até o Governo e a Secretaria Estadual de Saúde está finalizando os estudos para a construção e vai custar R$ 7,6 milhões. Nós vamos destinar o dinheiro por meio de um convênio para a Prefeitura edificar o novo hospital municipal. Também estamos melhorando a BR-419, cujo asfalto sai de Rio Verde e chega a Aquidauana e Anastácio", citou.

Segundo o governador, tudo isso é parceria do Estado com as prefeituras. "Nós olhamos para as cidades, apoiamos o desenvolvimento de toda a região norte. No município de Coxim, estamos terminando a obra do Buracão, que é uma erosão que iria engolir metade da zona urbana. Todo ano prometiam uma solução, mas nunca ninguém fez nada, mas agora o Governo do Estado está fazendo. Estamos recapeando a pista do aeroporto, asfaltamos a via que dá acesso ao distrito de São Romão, onde temos um frigorífico e uma fábrica de ração. Nós olhamos pelos 79 municípios do Estado, posso dizer que, como prefeito de Maracaju, nunca teve um governador parceiro das prefeituras. Hoje, nós dividimos as responsabilidades porque o cidadão mora na cidade e precisa de desenvolvimento para a criação de oportunidades", declarou.

Ele disse que é grato ao Governo Federal, pois o presidente Jair Bolsonaro tem ajudando Mato Grosso do Sul na liberação de recursos. "A obra em Dourados, se não fosse o Ministério da Infraestrutura, não saia o viaduto, as pessoas iam continuar morrendo atropeladas lá, o que não pode é esconder os parceiros. Quando o ex-prefeito da Capital vai nas rádios e mente, eu tenho de falar a verdade. Em breve, vamos entregar o Hospital do Câncer em Campo Grande, era mais um elefante branco, mas já estamos terminando. O Hospital do Idoso, lá no São Julião, fizemos um repasse de R$ 8,6 milhões para a Maternidade Cândido Mariano a pedido da Prefeitura para ajudar no custeio do dia a dia. O Governo do Estado tem sido parceiro, só não pode esconder", voltou a criticar.

Recentemente, segundo Azambuja, o transporte coletivo urbano da Capital iria parar, chegou a paralisar o serviço por um dia, mas a prefeita Adriane Lopes bateu à porta da Governadoria e pediu ajuda para pagar a contrapartida de R$ 1,2 milhão por mês. "Imediatamente, topamos o desafio, embora não fosse responsabilidade do Estado, assumimos o compromisso de repassar mensalmente R$ 1,2 milhão para garantir a gratuidade dos estudantes da rede estadual. A única coisa que eu exigi foi o congelamento da tarifa até dezembro deste ano. Eu não prometi ônibus com ar condicionado, não sei nem se tem ventilador hoje? Agora, vamos cobrar uma melhoria no transporte público, a gente é parceiro para esses assuntos, então, não dá para fazer política mentindo", pontuou.

Ele ainda lembrou que não se governa para partido, mas para as pessoas e é para as pessoas de Campo Grande que o Estado está colocando, talvez, um dos maiores volumes de recursos da história que um governo já fez. "Essa história de que retiramos recursos da Capital é falácia. O Governo não tira dinheiro de nenhuma cidade, pelo contrário, estamos é colocando recursos para ajudar no desenvolvimento da Capital, assim como estamos colocando recursos em Paraíso das Águas. Por isso, os prefeitos estão falando que somos o Governo mais municipalista da história de Mato Grosso do Sul", completou.

Principal desafio do próximo gestor - Na opinião de Reinaldo, o seu sucessor terá como principal desafio manter o nível de investimento positivo que está deixando. "Porém, alguns candidatos estão fazendo promessas que nunca vão dar conta de cumprir, então, está vendendo um sonho que nunca vai se tornar realidade. Agora, se manter o desenvolvimento, crescimento, geração de emprego e os investimentos, Mato Grosso do Sul vai continuar crescendo, pois somos uma terra de gente trabalhadora, gente que produz, gente que acredita, que investe. Vejo algumas propagandas no período eleitoral falando do nível de pobreza, nós somos o Estado que tem a 3ª menor taxa de pobreza do Brasil e o 3º mais seguro do Brasil", citou.

De acordo com algumas propagandas, segundo o governador, parece que estamos vivendo em uma terra arrasada, um Estado em falência. "Não é o que acontece, basta andar pelos nossos municípios, Mato Grosso do Sul pulsa desenvolvimento em todas regiões, isso é notório, basta andar pelo nosso Estado, onde temos estradas recuperadas, estradas novas, investimentos em todos os lugares. Uma coisa posso garantir, vou entregar o Governo redondo, não vou entregar quadrado como eu recebi em 2015, para que não se tenha nenhuma dúvida sobre a minha qualidade como gestor. Sou contratado pela população para administrar o Estado e a minha responsabilidade é administrar bem, com decência, com transparência, com desenvolvimento e com oportunidade. Isso tem sido a tônica nossa para governar Mato Grosso do Sul", pontuou.

Futuro - Questionado sobre o futuro depois que deixar o cargo de governador, Reinaldo citou que na política tem um ditado: "o futuro a Deus pertence". "E é verdade, Deus sabe os caminhos e no dia do evento Marcha para Jesus fiz uma fala dizendo que a gente tem de agradecer muito a Deus pelos caminhos que trilhamos em Mato Grosso do Sul. O caminho de desenvolvimento, de oportunidades, um Estado que soube fazer o dever de casa, fazer as transformações, então, vou terminar o mandato, completando 26 anos de vida pública, iniciada em Maracaju, como prefeito, onde fizemos um belo mandato e, dia 31 de dezembro, termina a minha missão", declarou.

Ele completa que sua missão foi entregar o Estado redondinho, com as contas pagas, com muito investimento e com crescimento. "O próximo que assumir terá os próprios desafios, cada um tem a suas prioridades e vamos torcer para que, quem ganhar as eleições, possa transformar aquilo que estiver no seu plano de governo em realidade. Tenho tranquilidade em dizer que sou o governador que mais cumpriu propostas de campanha entre todos os outros 26 governadores do País, mesmo enfrentando uma crise econômica e uma pandemia. Ninguém esperava nenhuma coisa e nem a outra, infelizmente, ambas vieram e conseguimos enfrentá-las, fazendo o nosso papel e em janeiro de 2023 estaremos aí como qualquer outro sul-mato-grossense sempre acreditando que o Estado será pelos próximos anos um dos que mais vai crescer no Brasil", finalizou. 

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