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SEGURANÇA PÚBLICA

Recém eleito, presidente da ACS destaca planos e dificuldades dos militares em MS

21 março 2022 - 12h25 Por Gabriel Neri

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros são duas instituições fundamentais para a segurança e monitoramento dos eventos em Mato Grosso do Sul. A Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul (ACS) é o grupo que ajuda a cuidar dos interesses dos membros da PM e do CB. Na última semana, o 1º sargento Fabrício de Carvalho Moura foi eleito para o mandato de quatro anos na presidência da ACS e nesta segunda-feira (21), foi o entrevistado do Giro Estadual de Notícias.

Hoje sargento no lotado na 3ª Seção do Estado-Maior (PM3), Fabrício ingressou na carreira de policial militar como soldado em 2003 e passou por diversas divisões da PM como Ciops, Batalhão de Guarda e Escolta, DGP, DEIP, Gabinete do Estado-Maior. Ele destacou os principais problemas enfrentados pela Polícia e dos objetivos de maior integração com o interior.

A ACS é, segundo informações do presidente, a maior associação de militares de Mato Grosso do Sul com policiais e bombeiros. E se juntarmos todos os sindicatos, a instituição fica abaixo somente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems). 

Recém eleito, Fabrício se mostrou entusiasmado em assumir o principal cargo da ACS e poder ter um lugar de fala diante dos superiores. “Com relação aos nossos direitos, o que me deixou entusiasmado a vir foi poder melhorar, ter qualidade técnica na hora de negociar junto ao Governo.”

O principal problema relatado pelo sargento foi relacionado à falta de efetivo. Mesmo com o investimento nas estruturas de delegacias, armamento e viaturas, o que mais pesa para ele é o pouco material humano. “Hoje vivenciamos a falta de efetivo, também a questão logística da falta de viaturas, mas o principal é a falta de material humano. A associação vai propor uma política de inclusão.”

Como presidente da ACS, ele entende que o processo para aumentar o efetivo não é simples. O Estado precisa abrir concursos, realizar o treinamento e só a partir disso levar o policial a ativa. “Sabemos que a contratação não é barata, o concurso onera o Estado, tem de ser feita de forma cadenciada.”

Fabrício ressaltou também que os policiais na ativa precisam de apoio social, especialmente o psicológico. “Precisamos melhorar a parte social, principalmente podendo perceber um pouco mais os policiais com problemas psicológicos”. O sargento ainda cita que muitos policiais que cometem suicídio enfrentam pressões de diversos lados como o aspecto “financeiro” e doméstico.

Para o interior, Fabrício prometeu que fará visitas semestrais às unidades do interior para conferir as situações e necessidades de cada região. Vale destacar que são 12 divisões da ACS por Mato Grosso do Sul. Além da sede em Campo Grande, existem 12 divisões regionais nas cidades de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Fátima do Sul, Nova Andradina, Paranaíba, Jardim, Dourados, Três Lagoas e Ponta Porã.