Em entrevista ao programa radiofônico Giro Estadual de Notícias, levado ao ar nesta quinta-feira (25) pelas seis emissoras do Grupo Feitosa de Comunicação, o ex-governador André Puccinelli, candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelo MDB nas eleições deste ano, fez questão de ressaltar que está mais "moderno" e que hoje está presente em todas as mídias sociais. Ele ainda tratou sobre a questão indígena, continuidade dos programas sociais e que a polarização nacional entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve influenciar a eleição para governador do Estado.
"Minha candidatura é uma experiência unida à modernização. É o período de oito anos que estive à frente do Governo do Estado unida com a velocidade das redes sociais. Por meio delas, tenho atingido toda a população do Estado, principalmente a juventude", declarou Puccinelli, completando que a homologação de sua candidatura pela Justiça Eleitoral caracterizou que ele vinha falando a verdade sobre disputar novamente o Governo do Estado.
O ex-governador acrescentou que as mídias sociais fazem com que as notícias corram o mundo em minutos, porém, a polarização excessiva que está ocorrendo agora não é boa. "Não se deve brigar por religião, futebol e, muito menos, por política. No entanto, são as mídias sociais que vão elucidar as informações para que toda a população possa saber das verdades. Temos muitas fake news, entretanto, ao longo do tempo e das repetições das notícias através das mídias sociais – aí a imprensa faz um papal primoroso na manutenção da democracia – chegaremos à verdade sem sombra de dúvidas", garantiu.
Lula x Bolsonaro - Sobre a polarização da eleição para a Presidência da República entre Jair Bolsonaro e Lula, o candidato não acredita que essa disputa polarizada em nível nacional possa influenciar na eleição para governador de Mato Grosso do Sul. "No nosso Estado, como nos outros, os nomes federais nunca impactaram preponderantemente de forma decisiva. O sul-mato-grossense pensa na sua paróquia, assim como o paulista pensa na sua, portanto, há uma certa influência, mas não que seja determinante quanto à escolha do futuro governador", projetou.
André Puccinelli completa que todos os candidatos do MDB têm o direito democrático de apresentar e de falar as suas propostas, o que já fez e o que pretende fazer. "Portanto, nós deixamos livres, tanto na questão do Senado, quanto na questão da Presidência da República, a escolha e o respeito que nós temos pela decisão do cidadão sul-mato-grossense", declarou, lembrando sobre quando foi prefeito de Campo Grande.
O ex-governador acrescentou que as mídias sociais fazem com que as notícias corram o mundo em minutos, porém, a polarização excessiva que está ocorrendo agora não é boa
"Na época, não apoiei a eleição do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas tive, no exercício da função, uma relação muito boa e, por fazer bons projetos, consegui do Governo Federal tudo o que pretendia para o município. Na eleição do presidente Lula, eu também não o apoiei, como também não apoiei a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT), no entanto, por ter bons projetos, ia a Brasília e conseguia os recursos para os pleitos que a minha equipe, competentemente, apresentava", reforçou o ex-governador.
Para ele, é preciso ter respeito, seja quem for o presidente da República, para que, no regime democrático, possa se fazer valer as necessidades do povo sul-mato-grossense. "Além disso, conciliamos toda a nossa bancada federal, nós íamos, com respeito, mesmo não tendo apoiado o presidente da época, para expor as nossas necessidades e sempre recebíamos o respeito dele de retorno, com recursos para construir casas, escolas e para melhorar a saúde, atuando como um governador precisa atuar", pontuou.
Habitação - A respeito dos problemas que o Estado apresenta atualmente, Puccinelli garantiu que é preciso modernizar a gestão pública. "É claro que, o que deu certo, tem de continuar, principalmente o desenvolvimento do nosso Estado. Como faremos isso? Trazendo infraestrutura, construindo estradas e construindo casas populares, o que gera muito emprego e dá um teto para quem precisa", afirmou.
Ele completa que, quando foi prefeito de Campo Grande, ficou conhecido como o prefeito que erradicou as favelas. "Eu construí 17 mil moradias. À frente do Governo do Estado, construí 74 mil casas, mas, hoje, as favelas estão de volta à Capital e temos um déficit de 85 mil a 90 mil moradias no Estado. Nós vamos investir muito na construção de casas para gerar emprego e dar um teto para as famílias sul-mato-grossense", prometeu.
No entanto, o ex-governador não terá foco somente na habitação e informou que deve atuar fortemente em segurança pública e na área social, que inclui a saúde, a educação e a assistência social. "Também temos de investir muito no meio ambiente, no cuidado do nosso Estado, na preservação dos nossos biomas e dos nossos mananciais. E ainda no turismo, pois traz muitos recursos. E não é só Bonito, pois temos no Estado 15 municípios com potencial turístico do mesmo tamanho que o de Bonito. Temos de elencar e o Governo precisa ajudar essas localidades para explorar bem o turismo e assim trazer mais divisas", revelou.
Turismo - Ainda na área do turismo, André Puccinelli declarou que essa atividade pode ser explorada com as aptidões que cada município. "Por exemplo, Costa Rica tem um parque estadual espetacular e quase ninguém conhece. Precisamos que Estado e municipalidade estimulem a visitação desse complexo turístico. Visitar também as cavernas e as inscrições rupestres que existem em Alcinópolis, mostrar que os paleontólogos descobriram pegadas de dinossauros em Nioaque", detalhou.
As cidades de Jardim, Guia Lopes e Bodoquena, completou o candidato, têm o mesmo potencial de belezas naturais que Bonito. "Ponta Porã, com a regularização dos jogos, poderá ser a Las Vegas sul-mato-grossense. Turismo de pesca em Corumbá e Ladário ou na costa leste do Estado, em Brasilândia e Três Lagoas, ou ainda no norte, em Coxim", exemplificou.
Além disso, ele citou ainda o turismo de eventos em Campo Grande, onde os congressistas poderão visitar o Aquário do Pantanal (Bioparque Pantanal). "Dessa forma, eles vão contribuir para divulgar a nossa Capital, o nosso Estado e o nosso Pantanal para o mundo. Enfim, o turismo tem muitos sítios para serem visitados, explorados e, ao chegar ao Governo, vou investir muito na parceria com as prefeituras desses municípios para alavancar o turismo e melhorar a atração de riquezas", assegurou.
Eleições - Sobre os eleitores mais jovens que não conheceram a sua gestão à frente da Prefeitura da Capital e do Governo do Estado, o político lembrou que, graças às modernidades da tecnologia, é possível ter acesso às suas mídias sociais e ao meu site para obter mais informações sobre quem foi e quem é André Puccinelli.
"Além disso, vocês também podem perguntar aos seus pais, aos seus tios e aos seus avôs que, ao sair do Governo do Estado, tinha 85% de aprovação investindo justamente no futuro dos nossos jovens. Eu dava prêmios nas escolas para estimular a gurizada a estudar, tínhamos escolinha de futebol e de música para tirar a gurizada das ruas. Se os mais jovens me conhecerem melhor, verão que é difícil me acompanhar", brincou.
Com relação às pesquisas eleitorais, Puccinelli diz que só tem a agradecer o respeito e o carinho que a população tem com ele ao colocá-lo próximo de 22% de intenção de votos no meio de oito candidatos a governador. "Recebo com humildade e respeito aos que têm intenção de votar em mim e dizer que tenho de continuar trabalhando, mostrando as minhas propostas, respeitando todos os adversários para que a população decida o destino do Estado", analisou.
Ainda na área do turismo, André Puccinelli declarou que essa atividade pode ser explorada com as aptidões que cada município
O ex-governador completa que é com orgulho que recebe o resultado das pesquisas eleitorais sempre pontuando o nome dele na liderança. "Vou continuar a trabalhar para que possa merecer os votos de vocês. Por experiência, por decisão, por resolver os problemas, por ser, quem sabe, considerado o melhor", declarou.
Questionado sobre as denúncias de assédio sexual praticadas pelo ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), que também é candidato a governador nas eleições deste ano, André Puccinelli declarou que não gostaria que elas sejam verdadeiras. "Não quero ganhar no tapetão, quero ganhar em uma disputa democrática, com respeito a todos os adversários. Torço para que essas denúncias não sejam verdadeiras, porque, se elas forem, são gravíssimas. Que Deus o proteja!", falou.
Questões indígenas - Sobre as questões indígenas, ele lembrou que Mato Grosso do Sul tem nove etnias e as maiores são os Terena, concentrados na região de Nioaque, e os Guarani-Kaiowá, que se encontram na região de Dourados. "No meu governo, tivemos vários programas importantes para as comunidades indígenas, como o Aldeia Produtiva, que consistia na distribuição de patrulhas mecanizadas para que eles cultivassem nas suas terras, bem como calcário, sementes e hortifrutis-granjeiros", recordou.
Agora, conforme o candidato, nas suas andanças prometeu que, em cada aldeia indígena e em cada assentamento com 150 famílias, terá direito a uma patrulha mecanizada nova composta por trator, grade e carreta para que possam produzir. "Também vou estimular que eles criem associações para terem um CNPJ e, dessa forma, recebam diretamente os recursos públicos. Na minha gestão, construí 11 escolas e quero continuar a construir na proporção das aldeias maiores para ter um critério de justiça", assegurou.
André ainda disse que construiu casas populares nas aldeias e que pretende dar continuidade a essa iniciativa, bem como com a distribuição de cestas básicas. "No meu governo, a cesta básica passou de 22 quilos para 27 quilos cada uma, totalizando 30 mil cestas por mês. Nessa parceria Governo do Estado e patrícios indígenas, quero cidadãos indígenas com os mesmos direitos que o homem branco tem", afirmou.
Agricultura familiar e Vale Renda - Na área da agricultura familiar, ele quer estimular a produção dos pequenos agricultores com a garantia da comercialização dos seus produtos por meio do Programa de Compras Governamentais. "Dessa forma, vamos garantir a aquisição de 30% da merenda escolar diretamente da produção desses agricultores familiares. Quero estimular a produção de feijão, arroz, leite, verduras e frutas por esses agricultores familiares para que o Estado possa comprar deles, garantindo, dessa forma, a comercialização da produção da agricultura familiar", revelou.
Já na questão dos programas sociais, o ex-governador lembrou que iniciou o seu mandato com a distribuição de cestas básicas para as famílias carentes e, depois, passou para o cartão magnético, dando um dinheiro, que foi chamado de Vale Renda e era depositado um recurso no banco. "A atual gestão deu continuidade ao programa, então, se for eleito, vou continuar também, pois foi um projeto que deu certo e pretendo ainda ampliar esse Programa, que hoje é chamado de Mais Social, que nada mais é do que o antigo Vale Renda, criado por mim", lembrou.
Ele ainda disse que dará continuidade ao Vale Universidade Indígena e ao Vale Universidade. "Esses programas beneficiam quem não tem condições de pagar mensalidade nas faculdades. Na minha época, o Estado pagava de 70% a 90% do valor da mensalidade e o acadêmico tinha de estagiar quatro horas no Governo, atendendo na minha gestão mais de 5 mil estudantes, que tiraram o diploma universitário", relatou.
Puccinelli completa que, depois de dois anos de pandemia, é possível perceber um isolamento das pessoas e uma dificuldade maior para muitas famílias. "Voltamos a ter famílias que não têm pai e mãe empregados, tendo dificuldades para levar alimentos para a mesa. Por isso, é importante que o Estado entre com a ação social para auxiliar as famílias mais vulneráveis. Além disso, é preciso gerar empregos, atrair indústrias e empresas, dando dignidade às famílias. Eu quero ir ao encontro do que a população nos diz o que é preciso fazer, quero tentar resolver os problemas juntos, com humildade e dedicação para construir um Mato Grosso do Sul que você quer, que eu quero é que nós queremos, um Mato Grosso do Sul mais pujante dentre os Estados brasileiros", finalizou.
Sintonize o Giro Estadual de Notícias, segunda a sexta, das 07h30 às 08h30, pelo acritica.net e para as seguintes rádios de MS:
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