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Programa do Senar/MS cresce com engajamento das escolas, materiais e parcerias estratégicas

20 fevereiro 2025 - 15h25 Por Da Redação

Diversos alunos de Mato Grosso do Sul foram impactados pelo 'Agrinho', programa de educação ambiental e cidadania do Senar/MS.

O segredo do crescimento, segundo Andréia Rodrigueiro, coordenadora da iniciativa, está na adesão das escolas. "O crescimento do Agrinho se deve ao engajamento das escolas, dos professores, essa questão deles estarem realmente envolvidos com o programa", disse ela, em entrevista ao Giro Estadual de Notícias na quinta-feira (19).

O programa começou no Paraná, chegou a Mato Grosso do Sul há dez anos e desde então não parou de crescer. Em 2024, bateu um recorde: 602 escolas participantes nos 79 municípios do estado. Para 2025, a meta é ultrapassar essa marca. 

O manual de sobrevivência do Agrinho - A receita não tem mistério, mas exige dedicação. O primeiro ingrediente é o material didático. "As escolas gostam muito do nosso material. Os professores utilizam em sala de aula para complementar o plano de aula deles", explicou Andréia.

A chave, segundo ela, está na regionalização do conteúdo. Em vez de falar genericamente sobre meio ambiente, o material traz referências locais. O Pantanal, por exemplo, não aparece como um bioma distante e abstrato, mas como algo que influencia a vida dos alunos. "Temos materiais regionalizados que ajudam os alunos a compreenderem melhor a importância da sustentabilidade na sua própria realidade." O segundo pilar do programa é o suporte aos professores. Além do material didático, há instrutores disponíveis para esclarecer dúvidas e ajudar no planejamento das atividades. E, por último, há o fator competição.

Andréia Rodrigueiro, analista educacional do Senar/MS e coordenadora do programa AgrinhoAndréia Rodrigueiro, analista educacional do Senar/MS e coordenadora do programa Agrinho

O Agrinho e a disputa pelo melhor desenho - Todos os anos, o Agrinho promove um concurso que mobiliza alunos e professores. São 11 categorias: nove para estudantes e duas para professores, coordenadores e escolas. Os participantes enviam desenhos, redações e projetos sobre meio ambiente e sustentabilidade. "Quando chegam os trabalhos, é interessante ver o que as crianças desenham e escrevem. Isso mostra que realmente estão engajadas na questão ambiental e na formação como cidadãos conscientes." O concurso funciona como um termômetro. Se os alunos estão participando com entusiasmo, o programa está no caminho certo.

O fator Mato Grosso do Sul - O Agrinho existe em cinco estados, mas, segundo Andréia, o crescimento em Mato Grosso do Sul tem uma característica própria. "A grande adesão no nosso estado mostra que há um interesse crescente em abordar temas como sustentabilidade e agronegócio na educação." 

Essa adesão não vem apenas das escolas públicas e privadas. O Agrinho também atende APAEs e comunidades indígenas. "O programa não se restringe apenas a escolas públicas e privadas, mas também inclui APAEs e comunidades indígenas", destacou Andréia. Isso se reflete na diversidade de projetos apresentados no concurso e na forma como o programa é recebido em diferentes realidades.

O Agrinho e suas alianças - O sucesso do programa não vem só da relação com as escolas. Há um componente político e institucional que sustenta esse crescimento.

"Trabalhamos em parceria com as Secretarias de Educação municipais, com sindicatos rurais e outras entidades para ampliar o alcance do programa", diz.

Na prática, isso significa que o Agrinho não depende apenas da iniciativa dos professores para chegar às escolas. O apoio das secretarias facilita a adoção do programa em novos municípios e garante que ele tenha continuidade. "Essa parceria fortalece o programa e garante que ele chegue a mais escolas e comunidades."

O que esperar de 2025 - Com o recorde de 602 escolas participantes em 2024, o Senar/MS acredita que o número pode ser ainda maior no próximo ano. 

"Nossa expectativa para 2025 é ultrapassar esse número, pois temos um tema muito relevante e acreditamos que o interesse das escolas continuará crescendo." Se os professores continuarem aderindo, os alunos continuarem participando e as secretarias continuarem apoiando, o Agrinho seguirá seu caminho de expansão. Porque, como Andréia gosta de reforçar, o programa só cresce porque as escolas abraçaram a causa.

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