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EVENTO AGRO

Presidente do SRCG revela atrações para a 3ª edição do Interagro

28 fevereiro 2023 - 14h15 Por Da Redação

O presidente do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho), Alessandro Coelho, participou, nesta terça-feira (28/02), do programa "Giro Estadual de Notícias", levado ao ar pelas emissoras de rádio do Grupo Feitosa de Comunicação, quando fez o convite para a 3ª edição do Interagro (Encontro de Integração Tecnológica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul), que será realizado de 22 a 24 de junho no Palácio Popular da Cultura e está com as inscrições abertas pelo site www.interagro2023.com.br.

Em entrevista, presidente do SRCG revela atrações para a 3ª edição do Interagro
O líder rural informou ainda que nesta edição o Interagro terá alguns estandes para a realização de negócios durante o evento

“Estamos com força total para fazer mais uma edição do Interagro, que neste ano terá muitas novidades e um formato novo depois de dois anos de pandemia da Covid-19, quando surgiu esse evento e que, graças a Deus, tivemos muito sucesso com o empenho de toda a diretoria. As empresas participaram e muitos negócios foram realizados durante as edições anteriores do Interagro, algo que nos surpreendeu, pois não era essa a nossa expectativa”, declarou Alessandro Coelho.

Ele completa que, por isso, decidiu mudar o formato do evento e espera a confirmação do Palácio Popular da Cultura, onde foi feita uma pré-agenda, mas, como está em reforma, é preciso aguardar para saber se estará tudo certo para a data do Interago. “Queremos fazer um grande evento em parceria com a Famasul, Senar-MS, Governo do Estado, Prefeitura Municipal, Embrapa e Acrissul”, destacou.

O líder rural informou ainda que nesta edição o Interagro terá alguns estandes para a realização de negócios durante o evento. “Vamos trazer o superintende técnico da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Bruno Lucci, para falar sobre o Plano Safra para que possamos obter novas linhas para o produtor rural, pois os custos de produção subiram bastante e as linhas ficaram defasadas, sem falar de algumas que estão suspensas. Esperamos que o Plano Safra que chega em junho traga novidades e possamos lançá-lo em junho durante a Interagro”, projetou.

O presidente do SRCG também revelou que há a possibilidade de que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, possa participar do evento. “A agenda dele está complicada, mesmo assim esperamos que até junho ele esteja mais folgado e possa prestigiar o nosso evento para falar da abertura de novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros, bem como sobre o Plano Safra para que possamos ter uma produção fantástica, com mais gado no campo, mais soja, mais peixe e mais suínos”, pontuou.

Alessandro Coelho ainda ressaltou que o Interagro vai apresentar as novas tecnologias do mercado, como bioinsumos mais modernos e eficientes e pulverização agrícola por drones. “Vamos trazer também representantes da Suzano porque a demanda por mão de obra no setor de florestas plantadas será enorme. Campo Grande é o grande polo de formação de mão de obra, o Sindicato tem se empenhado nisso, estamos abrindo novas turmas de cursos gratuitos oferecidos pelo Senar-MS, também estamos tentando fazer uma parceria com cursos específicos para o agronegócio junto ao IFMS”, informou.

Em entrevista, presidente do SRCG revela atrações para a 3ª edição do Interagro
Alessandro Coelho ainda ressaltou que o Interagro vai apresentar as novas tecnologias do mercado, como bioinsumos mais modernos e eficientes e pulverização agrícola por drones

Insatisfação - Hoje, conforme ele, o agronegócio vive uma situação extremamente complexa porque as commodities sofreram uma retração nos valores e os custos de produção subiram muito no período de 2021 a 2022. “Tivemos o maior custo para plantar da história e agora nós temos preços para a soja 25% menor em comparação com quando foi feito o plantio, provocando uma defasagem muito grande. Aquele produtor rural que tiver a sua produtividade na média terá dificuldade de honrar com seus compromissos”, lamentou.

Segundo o líder rural, isso tudo provoca uma insatisfação com as atividades institucionais. “Além disso, tivemos a mudança de presidente da República, o que causou instabilidade emocional no produtor rural, que freou os investimentos, prejudicando os negócios, que vinham em expansão e agora deram uma segurada”, revelou.

No entanto, Alessandro Coelho explica que Mato Grosso do Sul, que com o ex-governador Reinaldo Azambuja já vinha atuando para atrair essas agroindústrias fantásticas e que vão mudar um pouco a matriz econômica do Estado, terá uma expansão econômica muito grande. “Porém, as atividades mais tradicionais do agronegócio não estão confortáveis em razão dos problemas que tivemos durante o período de carnaval, que foram o mal da vaca louca e as invasões de terra”, exemplificou.

Em entrevista, presidente do SRCG revela atrações para a 3ª edição do Interagro
Hoje, conforme ele, o agronegócio vive uma situação extremamente complexa

Essas questões, de acordo com o presidente do SRCG, causam instabilidade para o agronegócio e, por meio da Famasul, os produtores rurais tiveram uma reunião com o governador Eduardo Riedel para amenizar essa situação e para que, no caso das invasões de propriedades rurais, não voltem a acontecer para que o produtor rural possa trabalhar tranquilamente. “Falar em conflito de terra na nossa atual realidade é algo que beira o ridículo, pois onde o governo federal quiser tem propriedades rurais à venda e que podem ser negociadas de forma tranquila e pacífica sem necessidade de nenhuma violência”, ressaltou.

Entretanto, ele disse que sabe das dificuldades da União, que não tem recursos para tomar qualquer decisão nesse sentido. “Então, vamos procurar estruturar os assentamentos já existentes, dar uma melhorada nas condições desses locais, o Sindicato Rural está buscando projetos para melhorar as condições de rendas desses assentados, que hoje é inferior a um salário mínimo, são 70 mil famílias com renda inferior a um salário mínimo e precisamos fazer isso mudar e Mato Grosso do Sul pode ser a grande motriz para mudar esse panorama no Brasil inteiro”, projetou.

Ainda sobre as invasões de terras, Alessandro Coelho assegurou que a classe produtora tem conversado com o Governo do Estado e com a oposição ao Governo para que não haja uma situação de conflito. “Para aquelas pessoas que estão buscando o caminho das invasões para adquirir um pedaço de terra, o meu conselho é que elas se organizem de forma ordeira para que no futuro o governo federal faça uma proposta viável”, reforçou.

Para o líder rural, não existe problema de falta de terras em Mato Grosso do Sul. “Somos um Estado gigante e é possível coordenar facilmente a escolha de propriedades para que a União adquira e faça um assentamento. Não há necessidade de conflito, basta conversar, pois tem muita coisa que pode ser feita nesse sentido. Nós estamos vindo de dois anos muito complicados para o agronegócio e muitos proprietários de terras têm interesse de vender suas propriedades”, assegurou.

Guerra - A respeito da guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente do SRCG disse que o conflito fortaleceu a questão dos bioinsumos e o Brasil é um país que tem tudo para ser muito mais independente com relação a essa dependência. “Poderemos produzir fertilizantes aqui mesmo com os resíduos que temos em abundância. Até porque o brasileiro tem muita criatividade e contamos com isso para produzir biofertilizantes de alto valor agregado para serem aplicados em grande escala”, analisou.

No entanto, ele declarou que, mesmo assim, esse conflito agrava ainda mais a situação, pois há o risco de os Estados Unidos entrarem nessa guerra, o que afetaria o valor do dólar e prejudicaria ainda mais os preços das commodities. “Além disso, a situação política no Brasil também está insegura, provocando a oscilação do dólar, mas, graças à política de contenção de inflação adotada pelo Banco Central, a moeda norte-americana está estável”, ponderou.

Em entrevista, presidente do SRCG revela atrações para a 3ª edição do Interagro
A respeito da guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente do SRCG disse que o conflito fortaleceu a questão dos bioinsumos e o Brasil é um país que tem tudo para ser muito mais independente com relação a essa dependência

Alessandro Coelho aponta como ponto negativo a quebra da safra de arroz do Rio Grande do Sul, o que pode trazer surpresas desagradáveis para os consumidores. “Há ainda a questão da produção da carne bovina por conta do mal da vaca louca, que impactou, porém, o nosso grande mercado consumidor é o Brasil, só precisamos melhorar a condição de renda da população, pois a carne bovina teve uma redução do consumo per capita no último ano, elevando o poder aquisitivo da população, vamos depender cada vez menos do mercado externo”, sugeriu.

O líder rural ainda explicou que a expansão da suinocultura no Brasil é resultado da questão da gripe suína registrada na China, que causou a redução do rebanho chinês e obrigou que eles importassem carne suína brasileira, tendo como reflexo a falta da carne suína no nosso País. “Quando um mercado gigantesco como o chinês começa a comprar, cria problemas de oferta e demanda, porém, serviu para embalar a suinocultura brasileira, que aprendeu o caminho e investiu em tecnologia”, detalhou.

Hoje, conforme o presidente do SRCG, se fizer uma visita a alguma suinocultura, é possível verificar que o sistema de produção é integrado e extremamente eficiente, totalmente sustentável, onde se produz energia dos resíduos dos suínos, fazem fértil-irrigação e engordam o rebanho bovino. “E tudo isso em uma área relativamente pequena. A suinocultura tem uma tendência de que, nos próximos cinco anos, continuará em expansão e Mato Grosso do Sul vai ser um grande player nesse setor porque o produtor rural precisa procurar uma atividade com giro mais rápido de capital para obter lucros”, acrescentou.

Sobre a avicultura, Alessandro Coelho também pontuou que a atividade está em plena expansão, mas, durante o carnaval surgiram casos de gripe aviária na Bolívia, o que assombra o Estado. “A nossa torcida é que possamos sair ilesos dessa situação. O Brasil é muito eficiente na questão de controle sanitário e esperamos que esse problema seja resolvido o mais breve possível”, declarou.


Hoje, conforme o presidente do SRCG, se fizer uma visita a alguma suinocultura, é possível verificar que o sistema de produção é integrado e extremamente eficiente, totalmente sustentável, onde se produz energia dos resíduos dos suínos, fazem fértil-irrigação e engordam o rebanho bovino

Para finalizar, ele confirmou que a senadora Tereza Cristina (PP-MS) estará presente no Interagro. “Esperamos que o governador Eduardo Riedel também possa estar presente, bem como os demais poderes, pois o primeiro dia do Interagro vai trabalhar as questões políticas. Por isso, vamos convidar a Teka Vendramini, que é a presidente da Sociedade Rural Brasileira, e estamos para confirmar ainda a presença do Caio Coppolla, comentarista político da Jovem Pan. Além disso, teremos o prêmio para o Agro Estudantil para fomentar as pesquisas, não só nas áreas de graduação, como também nas de pós-graduação e nos cursos técnicos”, concluiu, informando a participação do IFMS, UFMS, Insted, UCDB, Uniderp, UEMS, entre outras. A entrevista completa pode ser acompanhada no player abaixo:

SERVIÇO - Mais informações sobre o evento podem ser obtidas diretamente no SRCG, que fica na Rua Raul Pires Barbosa, 116, Bairro Miguel Couto, em Campo Grande (MS), ou pelo e-mail cadastro@srcg.com.br, ou ainda pelos telefones (67) 3341-2151/3341-2696.

 

Sintonize o Giro Estadual de Notícias, segunda a sexta, das 07h30 às 08h30, pelo acritica.net e para as seguintes rádios de MS:

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RÁDIO BAND FM 100,9 - FÁTIMA DO SUL E REGIÃO DE DOURADOS
RÁDIO MONTANA FM 89,9 - INOCÊNCIA E REGIÃO DO BOLSÃO
RÁDIO SERRA FM 106,5 - RIO VERDE DE MT
RÁDIO SERRANA FM 88,7 – NIOAQUE
RÁDIO BAND FM 88,5 – PARANHOS