Com uma vasta trajetória na carreira política e profissional, o médico Flávio Renato (União Brasil), afirmou em entrevista ao Giro Estadual de Notícias da última sexta-feira (8), que a saúde pública será a sua principal pauta caso for eleito para representar Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional.
“Gostaria neste momento de discutir a esfera político-administrativa e as decisões que englobam vários temas, mas o nosso gancho será a melhoria do sistema de saúde”, explica. Segundo o pré-candidato, uma das principais demandas da população é a demora para marcar exames de alta complexidade.
“Escutamos falar que está ‘tudo bem’, mas quando vamos no dia a dia do cidadão, percebemos que as pessoas tem dificuldades para marcar exames ou cirurgias de altas complexidades, principalmente as eletivas, já que há pessoas com dois, três anos na fila de espera. Precisamos ter investimento na infraestrutura do Estado, mas devemos olhar com sensibilidade para o ser humano, e é aí que entra a saúde de qualidade”, destaca.
Dr. Flávio Renato quer trazer pautas relacionadas a saúde em Brasília
Para ele, além de olhar para o paciente, é necessário olhar com cuidado para o profissional de saúde. “Quando você não tem os meios adequados para resolver o problema, você sofre como profissional e a população também sofre na outra ponta. Precisamos começar a resolver isso para minimizar esse sofrimento. Se a equipe de saúde não estiver bem instrumentalizada, motivada ou com problemas no dia a dia, ela também tem dificuldades em entregar resultados positivos ao povo”, reforça.
Um outro ponto que merece destaque e que será tema do médico, é a agilidade da reforma tributária no País. “Não dá mais para adiar. Não podemos mais jogar sobre os ombros da população, essa alta carga tributária. Nós precisamos de um esforço geral, onde cada um tenha sua ‘cota parte de sacrifício’. Podemos adequar isso, cada uma fazendo sua parte para aliviar a população. A discussão em torno do preço do ICMS do combustível é um exemplo disso”, salienta.
O pré-candidato Flávio Renato em entrevista ao Giro Estadual de Notícias
Trajetória política – Sobre o período em que esteve ausente da política, o pré-candidato alega que se dedicou inteiramente a medicina, mas que retorna neste ano por acreditar que ‘este é o momento’. “Recebi um convite da pré-candidata Rose Modesto, que perguntou se eu tinha interesse. Após conversas com vários grupos, entendi que era o momento de participar, de estar presente na vida nacional. A principal forma de apresentar o meu conhecimento, é com esses 41 anos de atividade dentro da Medicina”, afirma.
Flávio foi candidato a vereador pela primeira vez em 1982 e depois em 1988, tendo permanecido entre os três mais votados e assumido a Presidência da Câmara de Vereadores da Capital em 1990. Além disso, assumiu a condição de vice-prefeito de Campo Grande na administração do então prefeito Lúdio Martins Coelho, com a renúncia de Marilu Guimarães, que deixou o cargo para concorrer ao cargo de deputada federal e acabou eleita. Em 1992, Flávio Renato compôs a chapa majoritária encabeçada por Marilu Guimarães, que veio como candidata à prefeita da Capital e ele como candidato a vice-prefeito, mas perderam por menos de 3% dos votos válidos no 2º turno das eleições municipais daquele ano.
“O ideal é sempre participar. Colocar idéias, conseguir transmitir o que você pensava que era melhor para o seu Estado ou município, mas quem decide é a população. No momento em que concorria com Marilu, a população entendeu que podíamos administrar Campo Grande, mas chegamos bem perto, fizemos uma campanha bonita e perdemos por menos de 15 mil votos. Para deputado estadual, fui terceiro suplente”, relembra.
Mas apesar de não ser eleito nesses dois períodos, o médico afirma que a situação foi importante para repensar na carreira. “Quando um projeto não se torna vitorioso, você aprende muito com ele, e tira algumas decisões. Eu decidi naquele momento que o caminho ideal era continuar prestando serviços a população, através da minha profissão”, diz. Agora, o médico se diz pronto para encarar esse novo desafio.
“Apesar do tempo na política, sou uma pessoa com idéias novas e próximas do momento em que vivemos. As coisas mudaram muito, a população hoje está mais consciente, tem informação na palma da sua mão. Quem se lembra das campanhas passadas, sabe que até a linguagem mudou. Eu estou preparado”, finaliza.
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