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ELEIÇÃO OAB/MS

Pré-candidata a presidência da OAB/MS, Rachel Magrini diz que chegou a vez das mulheres

16 setembro 2021 - 09h25 Por Da Redação

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (16) ao Programa Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, a pré-candidata ao cargo de presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul), Rachel Magrini, reforçou que conseguiu consolidar o seu nome e acredita que a Ordem está inerte em relação aos problemas que surgiram devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Nos últimos meses, nós conseguimos consolidar a minha pré-candidatura, visitando as cidades do interior do Estado, fazendo novas composições com os nossos colegas de profissão e ouvindo a advocacia nos 79 municípios sul-mato-grossenses. Já estamos com cinco meses de pré-candidatura e perto da data de registro da chapa para as eleições que devem ser mais ou menos de 17 a 20 de novembro próximo. Cada vez mais a nossa caminhada tem sido firme e recebendo o apoio de novos colegas”, declarou.

Sobre a atuação da OAB/MS, Rachel Magrini está desgostosa. “Eu costumo dizer que a OAB/MS ficou inerte, parada e vendo todo mundo passar. As instituições têm um novo formato pós-pandemia do novo coronavírus. O Poder Judiciário se transformou, todos os órgãos que envolvem o sistema judicial do Estado se transformaram e a OAB/MS ficou de espectadora. A Ordem só assistiu a todos os problemas que nós tivemos, como audiência virtual, atendimento do cliente a distância e falta de prioridade de vacinação contra a Covid-19 para os advogados, sem se movimentar. A OAB/MS ficou inerte diante dessa situação toda e isso distancia cada vez mais a instituição da classe dos advogados e também da sociedade”, reclamou.

Para a pré-candidata, a mudança que tanto prega é a aproximação, trazer outra vez o foco da OAB/MS para as prerrogativas do advogado, para as dificuldades do dia a dia. “Essa mudança passa por toda essa alteração de gestão, uma nova maneira de colocar a OAB/MS perante os advogados e perante à sociedade. Inclusive com o enfrentamento do problema do dia a dia do Poder Judiciário, pois já solicitamos algumas vezes para que a magistratura possa voltar presencialmente, pedimos também que os advogados possam ter uma comunicação direta com os juízes quando for o caso, pois temos alguns e-mails que não conseguimos ter contato com os magistrados, além de alguns WhatsApp que não funcionam para conversar, então, é esse acesso direto, esse canal de comunicação tem de ser restabelecido, pois a advocacia está reclamando disso no Estado inteiro”, ressaltou.

Sobre os advogados desassistidos, Rachel Magrini lembra que o mercado de trabalho passou por uma transformação incrível com a pandemia. “Tivemos de atender os nossos clientes a distância, aumentar o nosso banco de dados por causa da digitalização de documentos, das audiências que já aconteciam em alguns locais de forma virtuais e agora são em todos os locais. Esse mecanismo quando a gente trouxe acabou por afastar, tanto o advogado mais idoso, que não tinha acesso a essas novas tecnologias, como também aquele advogado que tem dificuldade de obter essas ferramentas tecnológicas por falta de recursos financeiros. Por isso, a OAB/MS precisa hoje assistir esses profissionais, disponibilizando um funcionário de TI que possa ir até esses operadores do Direito para auxiliá-los. Também é preciso levar esses profissionais até a Ordem para que possam passar por cursos práticos para que consigam entender essas novas ferramentas, dar um suporte mesmo. Agora no pós-pandemia então, essa situação se agravou muito”, alertou.

A respeito das dificuldades de uma campanha eleitoral, a advogada reforçou que toda eleição é complicada porque é preciso colocar o nome à disposição e saber ouvir as críticas para saber de fato o que a advocacia precisa. “Porém, a principal diferença entre uma campanha partidária e uma campanha para a Presidência da Ordem é o respeito. O respeito que precisamos ter entre os colegas, entre os adversários, entre os grupos políticos, é isso que nos diferencia da disputa partidária simples. Então, os advogados têm de se respeitar, tornando-se uma disputa mais tranquila nesse sentido. No restante, a gente também vai às ruas, conversa com os advogados em todos os municípios, escuta os problemas e ouvimos críticas, sendo que precisamos absorver todas elas para que consigamos encontrar a solução”, pontuou.

Rachel Magrini também falou sobre o seu pré-candidato a vice-presidente da OAB/MS. “O André Xavier já foi presidente da Ordem no Estado, já foi tesoureiro na gestão em que eu fui secretária-geral e é um grande amigo. Quando nós fizemos a composição dos grupos, ele era pré-candidato a presidente, mas abriu mão para viabilizar o meu nome, pensando na mudança que a gente quer na OAB/MS. A renovação que falamos não é só de pessoas, mas de pensamentos, de ideais e de inclusão. É isso que a gente pensa para essa nova Ordem, essa mudança que a gente quer trazer, ou seja, que todo advogado se sinta incluído dentro da OAB/MS”, afirmou.

Sobre o uso da tecnologia, a pré-candidata destacou que ela ajuda bastante na aproximação do advogado do interior com a OAB/MS. “Nós temos um projeto de que as comissões da Ordem tenham membros do interior do Estado e que a gente consiga fazer grande parte das reuniões de forma digital porque aí traremos o problema do advogado que está muito distante para a Capital, conseguindo enxergar todo o Estado com muita clareza. Essas reuniões de vídeo vão facilitar muito e aproximar os advogados que estão mais distantes e não conseguem vir com tanta frequência à Capital”, ponderou.

Com relação ao fato de a OAB/MS ter tido apenas uma presidente desde a sua criação, Rachel Magrini afirmou que a Ordem tem se transformado em uma velocidade muito rápida e as mulheres hoje postulam ocupar cargos de liderança. “Nós temos as oportunidades e está na hora de termos a representatividade. Isso tem mudado bastante. A Elenice Carille foi a única mulher a presidir a OAB/MS até o momento e tenho a honra de contar com o apoio dela, é uma grande amiga e sempre fala das dificuldades que enfrentou naquele momento, mas hoje as dificuldades são outras. Porém, o momento também pede essa transformação na OAB, tanto que a gente tem paridade que está valendo, mas quero deixar registrada que paridade não precisava ser uma regra, colocar metade da chapa de mulheres, a minha chapa na eleição passada já contava com 50% de mulheres, acredito que nós temos de trazer essas mulheres que são líderes para que possam efetivamente demonstrar essa representatividade, penso que é essa seja a dificuldade atual”, analisou.

A respeito da OAB Nacional, ela entende que a Ordem sofre uma crise de representatividade. “Nós não nos sentimos representados por conta dessas manifestações ideológicas por parte do presidente nacional Felipe Santa Cruz. Eu não o conheço, nunca tive nenhum vínculo político com ele, nunca me manifestei a favor dele em qualquer situação. Eu penso que a OAB não é nem de esquerda e nem de direita, a Ordem é apartidária. Eu acredito que a OAB tem de ser o farol, tem de guiar a sociedade neste momento de crise institucional entre Executivo e Judiciário. É a OAB que tem de voltar a exercer esse protagonismo como já exerceu no passado e, para isso, tem de deixar as questões ideológicas de lado, tem de chamar o diálogo e tem de ser a mediadora para apresentar a solução, colocando todos esses poderes novamente em uma linha de respeito entre as instituições e para a evolução do País, acabando que essa confusão toda que tem acontecido. As manifestações são legítimas, mas em relação à briga acredito que a OAB tem de ser a norteadora de tudo isso, estar à frente com o diálogo, tentando sempre construir um caminho democrático para a nossa sociedade”, finalizou.

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