No Brasil 1,4 milhões de trabalhadores do setor de transporte são constituídos por motoristas e entregadores de aplicativo, de acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Somente em Campo Grande esse número chega a 10 mil motoristas vinculados a aplicativos de transporte.
Em consequência do aumento no número de motoristas, cresce também a dificuldade em se regulamentar esse tipo de prestação de serviço. Para falar sobre a atual situação do setor, o Giro Estadual de Notícias desta quinta-feira (10), recebe o diretor-jurídico da Associação dos Mutuários Vítimas de Contratos Abusivos (AMVC), Aelton Benites do Amaral.
“Hoje o motorista recebe por comissão a cada corrida e o aplicativo paga para ele de 30 a 40%, dependendo do dia e da dinâmica. Mas esses motoristas têm direitos, porque se enquadram no perfil de um vínculo trabalhista”, explica Aelton. Diante desse cenário, governo federal e demais municípios aprovaram alguns projetos de leis nos últimos anos, que visam regulamentar e fiscalizar o setor.
Sancionada em 2018, a Lei Federal 13.640/2018, institui algumas diretrizes para a Política Nacional de Mobilidade Urbana, em relação a regulamentação do transporte remunerado privado individual de passageiros. Conforme o documento cabe aos municípios promover a regulamentação e fiscalização do serviço e de seus prestadores.
Na esfera municipal o Projeto de Lei 6.747/202, dispõe sobre o Transporte Remunerado Privado Individual de Passageiros. Onde prevê o cadastro prévio junto à Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) de motoristas que quiserem continuar trabalhando regularmente.
O diretor explica que como qualquer outro profissional qualificado, os motoristas de aplicativos também precisam ter acesso aos devidos direitos trabalhistas como a uma remuneração compatível, a auxílio-doença, FGTS e outros diversos direitos que podem ser pagos por qualquer empresa.
“Outros países estão bem mais avançados nessa questão, eles criaram modalidades para esses motoristas onde eles são empregados e possuem seus direitos”, para Aelton só falta o Brasil entrar nesse movimento e criar para os motoristas uma boa regulamentação e reafirmar o compromisso com a classe.
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