A Polícia Militar Ambiental (PMA) deflagrou nesta semana a Operação Bocaiúva para prevenção do tráfico de psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, entre outros). A operação está focada na região de divisa com os estados de São Paulo e do Paraná. O Tenente Coronel Edmilson Queiroz cedeu entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta sexta-feira (12). Ele detalhou quais áreas são mais afetadas em MS, como os traficantes atuam e as punições para quem comete esse crime.
O nome da operação faz referência à Bocaiúva, uma palmeira muito usada pelas aves para fazer ninhos e também se alimentarem com o fruto. A ação da PMA foca na região da costa leste de Mato Grosso do Sul. O policial Queiroz ressalta que o principal destino das aves capturadas no território sul-mato-grossense é São Paulo.
Mesmo com uma grande diversidade da fauna, o principal problema do tráfico é com os papagaios, conforme ressalta Queiroz.. “A gente vem cuidando desses animais que são o papagaio. Nosso principal problema se resume ao papagaio. Às vezes em um transporte a pessoa leva uma arara, maritacas, mas é muito pouco. A questão é que essa região é muito grande e o nosso trabalho consiste no período reprodutivo. Por isso que a operação começa agora dos psitacídeos”.
A operação começa nesta época do ano para coincidir com o período de reprodução e maior incidência de casos. A região principal do problema de tráfico de papagaio e que é monitorada, é basicamente a que constitui os municípios de Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo.
O principal é prevenção, é manter o cuidado para que o animal não saia dos ninhos. - Ten. Cel. Edmilson Queiroz
A PMA em monitoramento com sua central de inteligência sabe o modus operandi dos traficantes, de acordo com o Tenente Coronel. “Como sabemos o modus operandi do traficante, normalmente essas pessoas são do Estado de São Paulo, a maior parte, eles aliciam as pessoas em propriedades rurais, assentamentos para retirar os filhotes dos ninhos. Depois vêm buscar ou contratar traficantes da região de Mato Grosso do Sul”.
A estimativa feita pela Polícia do valor de cada animal gira em torno de R$ 50-70. Isso é o que os traficantes pagam ao trabalhador de propriedade rural, por exemplo. Nesta operação, com objetivo principal a evitar a retirada de filhotes, ninhos são monitorados e as saídas do Estado são fechadas com bloqueios. O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios que é o animal mais traficado no Estado.
Queiroz destaca que o contato para denúncia caso seja observado o tráfico ou a suspeita é o mesmo da Polícia Militar - 190. A partir da ligação, a central encaminha a informação para a unidade mais próxima da Polícia Militar Ambiental. Vale destacar que O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas.
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