Valorização profissional e salarial e aposentadoria igualitária para os servidores da segurança foram algumas das bandeiras defendidas por Giancarlo Miranda, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de MS (Sinpol). Ele esteve nesta quarta-feira (4) participando do programa Giro Estadual de Notícias.
Uma das vitórias da categoria nos últimos tempos, segundo ele, foi a transformação de agentes penitenciários em policiais penais. "Na avaliação do sindicato foi uma vitória dos agentes penitenciários agora policiais penais. Nós apoiamos porque de nada adianta eles fazerem a custódia dos presos muitas vezes sem condições, com efetivo reduzido e não poderem fazer escolta e guarda do presídio", enfatizou. Miranda lembrou que os crimes que ocorrem dentro dos presídios por exemplo os agentes não podem apurar. "Mas agora estabelecendo esta função dentro de uma emenda constitucional que foi aprovada por policiais penais todas as situações que ocorrem dentro do presídio envolvidas com os presos eles são responsáveis pela apuração", explicou. Para o representante sindical isto dará para a Polícia Civil e Militar mais liberdade para que possam atuar nas funções fim, ou seja a PM na prevenção dos crimes e PC na investigação.
Giancarlo Miranda, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de MS (Sinpol)
Entre os avanços da categoria ele cita a redução no contigente de presos nas delegacias do Estado. "Uma das maiores reivindicações do Sinpol era a redução de presos custodiados nas delegacias. Conseguimos esta meta de baixar em 80% o volume com a pressão do sindicato", avaliou.
Ele lembra que antigamente as delegacias eram verdadeiros presídios, então a população ficava desguarnecida na questão da investigação. "Já temos poucos policiais para uma cidade. Geralmente o interior do Estado conta com um a três policiais de investigação. Já é o mínimo e imagina esta equipe ficar na delegacia apenas para custodiar presos. Acaba não tendo segurança. Então nos conseguimos avançar neste sentido", afirmou o presidente do Sinpol.
Outra luta travada pela entidade é para aumento do efetivo de policiais no Estado. "O que precisamos agora é de maior efetivo. Tivemos concurso há dois anos que foi finalizado para delegado, investigadores e escrivães. Houve problema judicial que travou mas agora destravado. Estamos aguardamos ansiosamente que o cronograma seja retomado para que tenhamos um reforço na delegacias para que a população seja guarnecida com segurança", destacou.
O presidente do Sinpol ainda falou sobre a reforma da Previdência estadual e atuação dos policiais. Veja mais da entrevista no player.