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POLÍTICA

Pedrossian Neto alerta para riscos de não incluir trecho na licitação da Ferrovia Oeste

5 maio 2023 - 10h00 Por Da Redação

O deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) concedeu uma entrevista ao programa Giro Estadual de Notícias, na manhã desta sexta-feira (5), transmitido para as emissoras do Grupo Feitosa de Comunicação.

Durante a entrevista, o deputado abordou a importância da inclusão do ramal entre Campo Grande e Ponta Porã no projeto de licitação da Ferrovia Oeste, que está sendo elaborado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Novo trecho pode ser incluído na licitação da Ferrovia Oeste, segundo o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, que participou de duas audiências públicas sobre o assunto, uma em Campo Grande e outra em Brasília. O trecho em questão é o ramal de 355 quilômetros entre Campo Grande e Ponta Porã da Malha Oeste, ferrovia que liga Corumbá a Mairinque (São Paulo), que não está incluso no projeto de licitação atualmente em elaboração pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Segundo o parlamentar, a subestimação do potencial de demanda na região é muito importante, já que 80% da produção agrícola de Mato Grosso do Sul está nessa área.

Pedrossian Neto identifica inconsistências no estudo de demanda da ANTT
Deputado estadual Pedrossian Neto defende inclusão de novo trecho em projeto de ferrovia

O projeto da Ferrovia Oeste prevê a reativação de uma ferrovia centenária, que passou por sucessivos donos e grupos empresariais até ser operada pela Rumo Logística, empresa que parou de fazer investimentos na ferrovia, tornando-a sucateada e praticamente não operacional. O projeto prevê um investimento de cerca de R$ 18 bilhões e uma concessão por 60 anos para quem ganhar a licitação.

No entanto, o deputado Pedrossian Neto ressalta que o trecho Campo Grande-Ponta Porã é fundamental para o escoamento de produtos da região, que é a maior produtora de grãos do Mato Grosso do Sul. Ele argumenta que o trecho não pode ser considerado menos rentável e alerta que, se não for incluído agora na licitação, dificilmente será reativado no futuro.

O deputado também aponta inconsistências e problemas insanáveis no estudo de demanda da ANTT, que calculou um prejuízo de cerca de R$ 582 milhões para a incorporação do trecho Campo Grande-Ponta Porã. Ele defende a necessidade de um novo estudo de modelagem de demanda e pretende realizar audiências públicas em Sidrolândia, Maracaju e Ponta Porã para mobilizar prefeitos, vereadores, empresários e sociedade civil organizada a fim de formar uma comissão para pedir ao governo federal que inclua o ramal na licitação.

A Ferrovia Oeste é considerada importante para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul e também para a integração latino-americana, já que a ferrovia pode ser a conexão com o Paraguai.

A Malha Oeste, que passa por Campo Grande e atende as regiões centro-oeste, sudeste e sul do país, deve ir a leilão em 2024 e a empresa que assumir a concessão terá que investir aproximadamente R$ 20 bilhões para operação e modernização da ferrovia. Além disso, o contrato prevê a modernização, ampliação e construção dos pátios de cruzamento; sinalização e CCO (Centro de Controle Operacional), que visam permitir a comunicação por satélite; investimento em oficinas, instalações e aquisições de equipamentos de via; minimização de conflitos urbanos através da instalação de intervenções e um contorno ferroviário; e melhoramento da frota, através da renovação e aquisição de novos veículos para que a empresa possa garantir a eficiência das operações.

O edital não deve exigir a mudança na bitola, que pode ser a métrica (atual, com um metro) ou a bitola larga (1m60). Segundo o ministro de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson, Mato Grosso do Sul é um Estado que não deve ser visto somente da perspectiva brasileira, mas de integração com os vizinhos Paraguai e Bolívia, já que Campo Grande e Cuiabá se constituem no centro da América do Sul. Ele destacou o projeto da Rota Bioceânica, corredor rodoviário que vai ligar.

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