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SEGURANÇA PÚBLICA

Para titular da Sejusp/MS, secretário de Justiça do DF subestimou manifestações

12 janeiro 2023 - 10h00 Por Carlos Ferreira

Os atos de vandalismo no Distrito Federal (DF) no último domingo (8) desencadearam várias situações, entre elas a exoneração e pedido de prisão do ex-secretário de Justiça Anderson Torres e o afastamento do governador Ibaneis Rocha por 90 dias. O Supremo Tribunal Federal (STF) alega que houve uma omissão por parte das autoridades diante dos acontecidos.

Porém, na visão do titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp/MS) e representante do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública do Centro Oeste, Antônio Carlos Videira, o ex-secretário Anderson Torres subestimou os estragos que as manifestações poderiam causar.

“Quando o ex-ministro voltou para a secretaria, ele fez as mudanças comuns, substituiu a equipe, mas já haviam as manifestações. Talvez tenham subestimado o que esses manifestantes reunidos poderiam fazer. Uma pessoa sozinha ou um pequeno grupo tem um tipo de ação, agora quando se juntam em grande grupo, tem o efeito manada e perde o controle”, disse em entrevista ao Giro Estadual de Notícias desta quinta-feira (12).


O secretário da Sejusp/MS, Antônio Carlos Videira em entrevista ao Giro Estadul de Notícias

Para Videira, não é só a segurança pública do DF que deve ser responsabilizada pelo ocorrido. “Foi um conjunto de omissões. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que presta as informações, por exemplo... Se houve omissão por parte do ex-ministro e ex-secretário, também houve por outras autoridades responsáveis. Um conjunto de equívocos, mas eu como secretário de MS, sempre prefiro pecar por comissão do que por omissão”, detalha.

Ele ainda complementa que o policiamento preventivo é a melhor saída. “Homens e viaturas bem posicionadas, consegue prevenir. Por que aquela pessoa que cometeria um crime pensa duas vezes, mas por isso é importante ter em números suficientes”, salienta.

Ontem (11), o interventor na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, disse que foi por causa de “falta de comando” que não se conseguiu conter as ações de vandalismo. Ele responsabilizou diretamente Anderson Torres pelo ocorrido. Cappelli garantiu que situação similar jamais se repetirá na capital do País. “O que houve no domingo foi falta de comando e de liderança. Após o Anderson Torres ter assumido a secretaria, ele exonerou boa parte do comando, e viajou aos Estados Unidos sem estar de férias, uma vez que, segundo o Diário Oficial do DF, suas férias teriam início no dia 9, após o ocorrido”, disse o interventor.

Segundo o interventor, todo efetivo do DF foi mobilizado. Haverá também presença da Força Nacional e o apoio dos serviços de inteligência. O interventor acrescentou que a equipe e o comando escalado para monitorar as manifestações de hoje é a mesma que atuou na “operação exemplar” do dia 1º de janeiro, data da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Quero, portanto, transmitir à população uma mensagem de tranquilidade. Não há hipótese de se repetir, na capital federal, os fatos inaceitáveis do último dia 8”, disse.

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