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ECONOMIA

Pacote de medidas fiscais vai prejudicar o consumidor, analisa presidente da Associação Comercial

14 novembro 2019 - 12h35 Por Carlos Ferreira

Ontem (13), os deputados estaduais de MS aprovaram o chamado "pacotão do governo" voltado para a área econômica. A sessão foi marcada por protestos. Algumas pessoas foram impedidas de entrar por policiais militares após o plenário ficar lotado, tendo que ter a segurança reforçada.

Em entrevista ao programa “Giro Estadual de Notícias” desta quinta-feira (14), o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, relata a insatisfação da Associação em não ter sido consultada previamente e o quanto isso vai prejudicar a população.

“Nós representamos o dia a dia do empresário e isso eles não sabem. Eles não querem nos ouvir, e esperamos que a população se lembre disso na próxima eleição, pois os deputados que votaram a favor vão prejudicar a dona de casa que vai pagar por preços altíssimos”, diz.

Além dos pontos comerciais, Polidoro considera que esse “pacotão” atinja principalmente itens alimentícios, combustível e outras áreas essências para o cidadão.

“O efeito nocivo é geral. O arroz vai aumentar 50%, por exemplo. Todo mundo vai pagar essa conta, justamente nesse período em que estamos com uma leve recuperação na economia, e considero isso uma covardia no Estado, já que não somos tão competitivos assim”, informa.

 Para tentar barrar essa iniciativa, a Associação Comercial está com uma frente chamada “Juntos Faremos”, que preza por menos impostos e gestão pública eficaz. “Isso é uma das coisas que não vemos no MS. O Estado está com um rombo e a forma que eles encontraram de consertar isso é prejudicando o consumidor sul-mato-grossense”, lamenta.

Comércio no fim de ano

O pagamento do 13º salário deve atingir 1,003 milhão de sul-mato-grossenses e injetar R$ 2,657 bilhões na economia estadual em 2019. As estimativas são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). De acordo com o levantamento, o acréscimo no total em relação a 2018 é de R$ 55,2 milhões - ou 2%.

Diante desses números a expectativa do comércio de Campo Grande deve ser a melhor possível.

“Nós estamos preparados e com as melhores expectativas para poder atender o consumidor que vai estar com dinheiro na mão e orientamos a população investir no comércio da sua cidade. É muito importante incentivar a compra na região por que gera emprego e a economia circula ali”, informa.

Sobre o Reviva Centro, Polidoro ressalta que as obras foram prejudiciais em alguns pontos, devido à falta de planejamento, mas que o resultado final vai surpreender.

“É praticamente um shopping a céu aberto, e agora precisamos fazer que a nova 14 de Julho fique viva e os empresários consigam sair dessa dificuldade que eles entraram no momento em que as obras estavam mais pesadas. Receber essa obra vai fazer toda a diferença e convidamos a todos a prestigiarem a nova área central de Campo Grande”, finaliza.