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SEGURANÇA

‘Operação Araceli’ vai ser expandida para outros munícipios de Mato Grosso do Sul

21 maio 2021 - 11h00 Por Hanelise Brito

A Operação Araceli realizada no último dia (18) na Capital, prendeu no total, 30 condenados da justiça por crimes praticados contra crianças e adolescentes, a maioria por abuso e exploração sexual. O promotor de Justiça Marcos Alex Vera, esteve em entrevista nesta sexta-feira (21) no Programa Giro Estadual de Notícias para dar mais detalhes da Operação, e garantiu que ela será expandida para outros municípios do estado.

“Sem dúvida alguma a Operação na Capital é um ponto de partida. A ideia é fazer um trabalho coordenado, uma vez que existem também mandados em aberto por fatos similares em outras cidades do estado. O ideal é que haja uma força-tarefa para que esses mandados sejam efetivamente cumpridos”, afirmou.

Vera ressaltou que é um trabalho difícil, pois muitos condenados não são facilmente localizados. Ele disse que pode demandar um pouco de tempo, mas que certamente as prisões serão realizadas.

Na Operação, foram expedidos 27 mandados de prisão e de busca e apreensão, sendo que 20 deles foram efetivamente cumpridos e durante os preparativos da operação (levantamento de endereços), foram localizadas e presas mais 10 pessoas.

“É um número bastante expressivo, mas é importante deixar claro que iremos continuar esse trabalho. As pessoas que foram condenadas vão ser procuradas e irão ser presas. Temos que dar início ao cumprimento dessas penas, para que não haja uma ideia de impunidade”, disse.

O promotor comentou ainda, que a grande maioria dos casos de abusos são praticados por pessoas próximas das vítimas.

“Na grande maioria dos casos, o autor dos abusos tem um vínculo familiar com a vítima, sendo padrastos, tios e avôs. A maioria das vítimas possui entre 6 a 13 anos de idade, esse é um perfil muito comum, quase na sua totalidade do sexo feminino”, explicou.

Para Vera, a realidade é muito preocupante, pois pessoas que deveriam proteger essas crianças, acabam sendo os principais violadores.

“Confesso que me surpreendi quando assumi a promotoria e me deparei com esses números, é um tema que temos que levar para a discussão na sociedade. Isso tem que ser debatido e temos que incentivar as pessoas a denunciar os casos”, ressaltou.

Além da responsabilização criminal do infrator, existem também os meios de tratar e acompanhar a vítima.

“Temos duas linhas de enfrentamento, a investigação do criminoso e uma rede de atendimento prestado pela promotoria da infância e juventude que tem canais de encaminhamento dessa vítima para atendimento psicológico”, disse o promotor.

Vera ressaltou que aqueles que presenciam o crime tem o dever de proteger a criança ou o adolescente vítima, caso não haja essa proteção, a pessoa pode inclusive responder pelo mesmo crime que o autor praticou.

“Temos o disque 100 e o disque 181 em que as pessoas podem fazer a denúncia anonimamente. Outro canal de denúncia é o 127 da Ouvidoria do Ministério Público”, finalizou.

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