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SAÚDE

Oncologista reforça importância da mamografia a partir dos 40 anos

7 outubro 2025 - 16h00 Por Da Redação

Em muitos casos, o câncer de mama começa sem alarde. Não dói, não sangra, não incomoda. É um nódulo silencioso, discreto, muitas vezes imperceptível ao toque. “Por isso, quanto mais cedo descobrirmos, maior a chance de cura”, alerta o oncologista Lucas Vian, do Sistema Hapvida, em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta terça-feira (7). Segundo ele, identificar a doença antes dos primeiros sintomas visíveis ainda é a melhor estratégia para salvar vidas.

“Quando a célula doente ainda está presa à mama, temos um cenário de cura. O problema é quando ela escapa, se espalha pelo corpo. Aí, falamos em controle, não mais em cura”, explica o médico, que busca desmistificar o câncer com uma linguagem acessível e direta.

De maneira didática, o médico explicou que o câncer se forma quando uma célula sofre uma alteração genética e passa a se multiplicar de forma descontrolada. “Essas células se desorganizam e, ao ganharem a capacidade de escapar para a corrente sanguínea, podem atingir outros órgãos, causando a metástase. Antes disso, vislumbramos a cura”, ressaltou.

Oncologista da Hapvida alerta: diagnóstico precoce é essencial para curar o câncer de mama e evitar tratamentos invasivos.

O médico explicou que, apesar de o Instituto Nacional do Câncer (Inca) ter recomendado mamografias a partir dos 50 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia já orienta o início do rastreamento aos 40 anos, com exames anuais.

“Essa é a regra geral, mas nem sempre se aplica a todas. Casos com histórico familiar exigem atenção ainda mais cedo. É preciso conversar com o médico para planejar um rastreio individualizado”, explicou.

Ele também destacou a importância de conhecer o próprio corpo. “Se você notar uma alteração, procure ajuda médica. Mas é preciso entender que, muitas vezes, nem o autoexame, nem o toque do médico detectam um nódulo pequeno, só o exame de imagem consegue.”

Entre os sinais que devem acender o alerta estão nódulos palpáveis, alterações no formato das mamas, retração do mamilo e secreções incomuns, inclusive sanguinolentas ou incolores. “Se houver qualquer mudança incomum, é fundamental procurar atendimento especializado”, enfatizou.

O médico alerta também fez um apelo ao autoconhecimento. “Conhecer o corpo é importante para identificar o que mudou. Isso permite uma procura mais ágil por diagnóstico.”

Questionado sobre o risco hereditário, o médico esclareceu uma dúvida comum: “Todo câncer é genético, mas apenas uma pequena parcela, menos de 10%, é hereditária. Ou seja, a maioria dos casos não passa de pais para filhos”.

Entretanto, quem tem parentes de primeiro grau que já tiveram câncer de mama deve redobrar a atenção. “A chance de desenvolver câncer é o dobro da população geral nesses casos”, disse.

Subtipos e tratamentos personalizados: cada caso é único - Um dos principais equívocos que o oncologista busca esclarecer é a ideia de que todo câncer de mama é igual. “Existem, a princípio, quatro subtipos, cada um com um comportamento diferente. O tratamento varia conforme o tipo, o tamanho do tumor, a presença de linfonodos e outros fatores”, detalhou.

A decisão sobre o tratamento deve ser compartilhada com a paciente. “Costumo dizer que o que faz sentido para mim pode não fazer para ela. O planejamento terapêutico é uma construção conjunta”, explicou.

Sobre a temida retirada das mamas, o médico disse que nem todos os casos exigem essa conduta, mas reforçou que a cirurgia é um dos pilares do tratamento. “Se o tumor está localizado, conseguimos intervir cirurgicamente e buscar a cura. Existem casos em que não é necessário retirar toda a mama, mas isso depende da avaliação individual”, afirmou.

Ao encerrar, o profissional destacou a importância de falar sobre câncer durante todo o ano, e não apenas em outubro. “Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Nosso trabalho é garantir que o paciente tenha acesso ao diagnóstico e ao tratamento certo, no momento certo", finaliza.

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