O volume de denúncias sobre irregularidades nas relações de consumo cresceu 68% no Procon-MS este ano. Os dados são do superintendente estadual do órgão de defesa do consumidor, Marcelo Salomão que esteve nesta quarta-feira (09), participando da entrevista no Giro Estadual de Notícias. Segundo ele, o maior volume que queixas ainda se refere aos serviços de água e luz, mas a questão de atraso em filas de bancos, produtos vencidos em supermercados, irregularidades em cobranças de estacionamento também tiveram majoração expressiva entre as reclamações dos consumidores.
"Com relação aos estacionamentos temos feito inúmeras ações. Entendemos que o estacionamento deve arcar com danos de veículos. Ou seja se é e pago ou não, não importa. A responsabilidade é do fornecedor. Tem que arcar com os prejuízos, seja vidro quebrado, furto ou outros. Tivemo muitas reclamações e fizemos operação de pesquisa nos estabelecimentos, inclusive fomos ao shopping e fizemos autuação", afirmou.
O superintendente estadual do órgão de defesa do consumidor, Marcelo Salomão que esteve hoje participando da entrevista no Giro Estadual de Notícias
Salomão destaca que o mais preocupa o Procon, nestes casos é capacidade dos estabelecimentos de resgatar os danos. Por isso, o órgão de defesa orienta os consumidores a pesquisarem no site do Procon para ver se o estabelecimento tem condições, é documentado e os preços praticados. "Preço é importante mas não pode ser o único fator de tomada para produto e serviços. O consumidor deve verificar se o estabelecimento é sólido, se cumpre com as obrigações", esclareceu lembrando que no site do Procon existem uma listas de vários estabelecimentos (serviços e produtos) mais demandados.
"Temos no Procon lista dos sites mais demandados do órgão. Ao fazer uma compra virtual, por exemplo, verifique se tem reclamações. Temos uma relação das 100 empresas mais demandadas. São informações que ajudam o consumidor", enfatizou.
Bancos
Os bancos também figuram nas listas de queixas do Procon. Salomão lembra que o órgão finalizou recentemente a Operação Fila Zero Dois e fiscalização nos bancos. "Fizemos operação e de 28 bancos, apenas um se salvou. Dois pontos foram detectados a fila crônica e o uso do papel termosensível (onde a informação some) e tem seu uso proibido. Por isso chamei a Febraban, tivemos reunião e fui duro. É um problema conhecido dos bancos. Mas não pode mais ser concebido que empresas que faturam bilhões ao ano e não resolvam problema tão simples que é fila nos caixas de atendimento", criticou o superintendente do Procon.
Ele lembra ainda que não é contra a tecnologia mas destaca que os mais mais usam os bancos são pessoas de gerações mais antigas. "Muitos idosos vão aos bancos fazer pagamentos, precisam de atendimento e não resolvem o problema. Por isso estamos combatendo com a forças da lei. Estamos preparando a Operação fila Zero 3 e vamos autua,r vamos até agências", adiantou.
"Muitos não tem mais caixa porque alegam que o atendimento é virtual. Visam apenas o lucro. Não é pelo lucro, tem que respeitar o consumidor que vai até agência pagar seu boleto. É este consumidor que garante o lucro. Temos que acabar com o lucro pelo lucro. Tem que ter mínimo de respeito a lei", finalizou.
Na entrevista ele ainda abordou assuntos como necessidade de pedir a nota fiscal, ações para evitar problemas na Black Friday e ainda o Procon Legal. Confira mais detalhes na eentrevista completa no player.
