Em entrevista ao programa Giro Estadual de Notícias, na manhã desta segunda-feira (26), o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Mato Grosso do Sul (Coren/MS), Leandro Dias, abordou as diversas frentes de atuação do Conselho, que se tornou o maior conselho de classe de Mato Grosso do Sul, representando 31 mil profissionais.
Enfatizando a responsabilidade de "representar todos os profissionais nas condições de trabalho e pagamento do piso salarial", Leandro destacou que a maior demanda da categoria gira em torno da dificuldade de recebimento do piso devido às decisões do STF.
"Hoje, nós temos profissionais que não receberam, alguns hospitais particulares que não negociaram, muitos profissionais não têm o pagamento no contracheque", relatou a situação que aflige a classe dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Leandro citou que o desdobramento do piso salarial alterou a lei e as regras sobre os acrescimentos, dificultando o cálculo para pagamento, principalmente para os profissionais que prestam serviços aos hospitais privados, instituições que ficaram de fora do recebimento de recursos federais.
Leandro Dias foi o entrevistado do Giro Estadual de Notícias - (Foto: Rafael Rodrigues)
Apesar dos desafios, alguns municípios de Mato Grosso do Sul já estão pagando o piso salarial aos profissionais de enfermagem por meio de lei municipal, como Amambai, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Paraíso das Águas, São Gabriel do Oeste e Bela Vista.
"Os municípios entenderam que pagar o piso salarial aos profissionais de enfermagem é uma forma de valorização. O Conselho tem atuado neste sentido, fazendo contato com gestores e apelando para que outros municípios também adotem essa medida. Queremos ampliar o pagamento do piso, não ficando dependentes do governo federal. Os municípios precisam entender que a enfermagem está à frente das grandes movimentações da saúde e que precisa ser valorizada. Esse é o nosso trabalho e desejo enquanto conselho", disse Leandro.
Leandro também falou sobre a atuação da fiscalização do Coren/MS e as denúncias sobre concursos públicos. "Sempre que a gente percebe que a enfermagem está sendo tratada de forma desigual, o conselho se manifesta, mas cabe aos responsáveis analisar o pedido. Muitas vezes entendemos que não é ilegal, mas imoral", ele citou o concurso público de Ribas de Rio Pardo, em que só foi aplicada prova prática para cargos de enfermeiros na área da saúde.
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