A primeira mulher presidente da Santa Casa de Campo Grande, Alir Terra concedeu entrevista ao Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação nesta terça-feira (10). Na entrevista Alir destacou os planos de profissionalização e modernização da instituição e de como pretende evitar que greves aconteçam.
A nova presidente esclarece que quando era vice-presidente da instituição já trabalhava no enxugamento da Santa Casa e na profissionalização. “Eu na vice-presidência e os demais colegas que fazem parte da chapa, trabalhando desde o período da Covid-19, em um processo de enxugamento da instituição e também buscando a profissionalização de forma mais moderna e esse trabalho continua. O que nós vamos fazer de diferente é buscar que os associados voltem a desenvolver um trabalho com a gestão. Nós vamos voltar com os comitês de contrato, porque os associados no comitê ajudam muito a instituição porque ele tem vivencia e podem emprestar a excelência de seus conhecimentos para sociedade ajudando esse hospital filantrópico”, esclareceu.
Nova presidente da Santa Casa destaca compromisso com a modernização e trabalho para evitar greves
Alir Terra enfatiza a atenção com o cuidado das finanças da Santa Casa. “Temos de ter muita pró-atividade e buscar a profissionalização. A Santa Casa, embora fique difícil para as pessoas ouvirem, é uma empresa, ela não busca lucro mas precisa ter um equilíbrio econômico financeiro para atender bem as pessoas”, defende.
Um dos desafios que Alir Terra é lidar com as ameaças de greve por falta de pagamento. A situação ocorreu algumas vezes em 2022. Atualmente trabalham na Santa Casa, direta e indiretamente em torno de 3.200 pessoas. “Nós temos um contrato com a Prefeitura de Campo Grande. Grande parte dos valores que sustentam a Santa Casa na área assistencial vem do município que tem gestão plena. Quando tem um atraso no repasse para o município, ele atrasa com pagamento de suas as obrigações, incluindo a Santa Casa. Então a ameaça de greve quando ocorre é pela falta do pagamento em dia”, afirma a nova presidente que trabalha para incrementar as outras fontes de receita da instituição e evitar novos problemas com atrasos de pagamento por parte da prefeitura.
Alir Terra enfatiza a atenção com o cuidado das finanças da Santa Casa
“Hoje temos outras fontes de recursos que pretendemos fazer um incremento e evitar essas situações. Temos a Escola de Saúde da Santa Casa que tem convênio da Uniderp. Temos o plano de saúde da Santa Casa que está tendo um incremento com novos produtos comercializados. Tem o Prontomed que atende na área particular e teve um fluxo de 70 mil pessoas. Tudo isso faz com que nós possamos gerir a instituição de forma mais tranquila, mas ainda somos dependentes desse contrato que é muito grande”, completou.
Em relação a velocidade para se fazer cirurgias no hospital, a presidente apontou o alto número de atendimentos por dia como grande causador da demora e relacionou isso com o elevado número de acidentes de transito. “Nosso pronto-socorro atende em média de 130 pessoas por dia. É necessária maior educação no trânsito porque nós temos muito problema de trauma. O que acontece é que a pessoa chega na Santa Casa para uma cirurgia eletiva, e ao mesmo tempo o Corpo de Bombeiros leva uma pessoa que sofreu um acidente com lesão cerebral. Quem você acha que temos de atender primeiro? O hospital é complexo, nem sempre dá pra seguir o cronograma”, finalizou
Alir Terra é a primeira mulher presidente da Santa Casa
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