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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Nossa intenção é prestar atendimento humanizado à mulher vítima de violência, diz Tetê Trad

25 janeiro 2021 - 10h18 Por Rogério Alexandre Zanetti

Só nos primeiros seis meses do ano passado, 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta no Brasil, boa parte em plena pandemia do novo. Segundo o levantamento, 631 desses crimes foram de ódio motivado pela condição de gênero, ou seja, mortas simplesmente por serem mulheres. Esse crime se chama feminicídio. 

Mato Grosso do Sul registrou 24 feminicídios no primeiro semestre de 2020, um a mais do que no mesmo período de 2019. De janeiro a dezembro de 2020 foram registrados 11 casos de feminicídio em Campo Grande. Em Mato Grosso do Sul foram confirmados 29 casos consumados e 47 tentativas até o final de outubro. 

A Lei Maria da Penha já reconhece que a violência de gênero contra as mulheres precisa ser enfrentada nas relações domésticas e familiares, o que implica uma cooperação entre áreas do poder público para além do sistema de justiça. O constante aumento do feminicídio indica a necessidade de políticas públicas de prevenção específicas para o problema.

E para falar desse assunto delicado, o programa Giro Estadual de Notícias entrevistou Thereza Trad, Coordenadora  do CEAM – Centro de Atendimento Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica.

Tetê Trad, como é conhecida, falou da forma de trabalho do CEAM, de como as pessoas podem ter acesso aos seus serviços e do plano de expansão para o interior do Estado. “O nosso objetivo maior é de acolher essa mulher e dar um tratamento humanizado a ela, nO sentido de fortalece-la, para retornar à sociedade”, salientou. “Essa mulher chega até nós através de outras redes de atendimento, como a Casa da Mulher Brasileira ou por força de vontade”, explicou ao dizer que esse atendimento ocorre paralelamente ao atendimento policial e  judicial.

Tetê contou que sua luta se deu muito por conta por ter sido também vítima de violência doméstica. “Depois disso percebi que posso ser a porta voz da luta das mulheres contra a violência”, contou. Logo após, ela explicou quais são os tipos de violência contra a mulher.

Confira a entrevista na íntegra no player.