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LULA OU BOLSONARO?

Nelsinho Trad destaca que a tendência do PSD é ficar neutro nas eleições presidenciais

13 junho 2022 - 11h00 Por Gabriel Neri

Nelson Trad (PSD) é senador da República e está em seu primeiro mandato eletivo no Congresso Nacional. A trajetória começou como vereador de Campo Grande, depois deputado estadual e prefeito da Capital. Nesta segunda-feira (13), ele cedeu entrevista ao Giro Estadual de Notícias e ressaltou que seu partido deve manter a posição de neutralidade para a eleição presidencial polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Hoje os principais pré-candidatos a presidência são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Sobre a posição do Partido Social Democrático, a tendência é a neutralidade do Diretório Nacional e a liberdade das lideranças locais em decidir quem apoiar. “A tendência no PSD é ficar na neutralidade e respeitar a decisão dos Estados. Tem Estado que torce para o Lula, tem Estado que torce para o Bolsonaro”.

Para Nelson, o primeiro turno vai dar um forte indicativo de quem vencerá as eleições e assumirá o cargo máximo do Executivo no dia 1 de janeiro. A polarização entre Lula e Bolsonaro afasta o crescimento de qualquer outro pré-candidato, segundo o senador. “A tendência é que se crie uma polarização tão forte entre Lula e Bolsonaro que repele, inibe e afasta a possibilidade de quem está na terceira via prosperar com algum número interessante”. 


Senador Nelsinho Trad em entrevista ao Grupo Feitosa de Comunicação

Além disso, o senador analisou o cenário eleitoral para o Governo de Mato Grosso do Sul, a situação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, parabenizou a trajetória nacional da atual senadora e pré-candidata à presidência Simone Tebet. Indicou que aguarda a eleição de 2022 para propor uma diminuição do número de partidos. Por fim, fez uma autoavaliação do seu mandato em Brasília e os recursos conquistados para o Estado.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) quer deixar em 2022 de ter um papel como coadjuvante para buscar o cargo principal. Vale destacar que Michel Temer, vice da ex-presidenta Dilma, ganhou com a petista duas eleições. Neste ano, a três-lagoense Simone Tebet deve buscar a presidência. Apesar disso, as pesquisas não indicam a senadora como forte pré-candidata. Mesmo assim, Nelson valoriza a trajetória de Simone. “A gente tem que parabenizar os passos que a senadora Simone Tebet deu até agora no contexto nacional”.

Eleição em MS

Nelson Trad explicou o que ele acredita que vai acontecer aqui em Mato Grosso do Sul. Até o momento, há seis nomes pré-candidatos para sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). São eles: Eduardo Riedel (PSDB), Rose Modesto (União), Capitão Contar (PRTB), Giselle Marques (PT), Andre Puccinelli (MDB) e Marcos Trad (PSD). O último é irmão do senador e ganhou destaque na análise.

“Essa é uma eleição que a gente tem que entendê-la dentro do quadro que está colocado”. Assim, o senador resumiu a eleição. Para ele, há uma certeza de que haverá segundo turno em Mato Grosso do Sul. Vale destacar que o primeiro turno acontece no dia 2 de outubro e a data prevista para o segundo é dia 28 do mesmo mês. 

O candidato que representa a esquerda deverá ter 10% no mínimo, o candidato que representa a direita também. Sobram 80%, que estão sendo disputados por quatro candidatos de médio para forte de intensidade política. Quem passar um pouquinho de 23-24% passa para o segundo turno. - Nelson Trad

Nelson citou que nesse domingo se encontrou com Marcos em um almoço. O irmão senador destacou a personalidade de Marquinhos. “Eu costumo dizer que o Marquinhos é uma pessoa determinada, sempre foi competitivo. Marquinhos é um cara corajoso. Nesse pouco tempo de pré-campanha, está faltando menos de 15 cidades para ele poder visitar. Ele vai nas 79 cidades antes da convenção”.

Sobre quem o pré-candidato do PSD deve ‘dar o palanque’, Trad afirmou que Marcos deve seguir o mesmo caminho do Diretório Nacional. “Marquinhos vem nas suas andanças com neutralidade e um respeito ao que quer continuar sendo Bolsonaro e ao que quer ser Lula.Ele tem o retrato eleitoral muito das pautas sociais, é um gestor com atenção voltada ao que mais precisa”.

Assim, para encerrar o assunto sobre eleições em Mato Grosso do Sul, Nelson resumiu: “os detalhes deverão ser observados. É uma eleição que terá dois turnos em MS.Numa eleição a nível regional como esta, as pessoas conhecem muito bem a história de cada um. Na minha avaliação, o apoio desse ou daquele influi pouco”.

Avaliação do mandato

Neste ano, Nelson chega à metade de seu mandato de oito anos como senador da República por MS. Sua autoavaliação em geral é positiva. Ele citou que recebeu convite para ser ministro do governo Bolsonaro e destacou que sua relação com o PR é boa. “Quando tem especulação na política é igual onde tem fumaça tem fogo. Realmente isso aconteceu, mas não foi o momento que o partido entendeu que deveria contribuir com o atual governo. Eu não posso reclamar das ações que tenho feito em parceria com o presidente Jair Bolsonaro”. 

Ele finalizou citando que conseguiu mais de R$ 1,4 bilhão para o MS. Só para Capital, foi aproximadamente 10% desse valor. “A autoavaliação do mandato, não dá para você deixar todo mundo satisfeito. Tem algumas pautas que algumas pessoas não concordam. Eu procuro focar na liberação de recursos”. 

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