Com o aumento no números de casos positivos de covid-19, devido à alta taxa de transmissibilidade da variante Ômicron, vários profissionais da saúde estão sendo afastados de suas atividades. Para falar sobre o assunto, o Giro Estadual de Notícias recebeu nesta quinta-feira (27) o presidente do Cosems/MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul), Dr. Rogério Leite.
Vários municípios de Mato Grosso do Sul estão enfrentando essa alta na contaminação entre os profissionais da linha de frente no combate à pandemia. Conforme o levantamento do Cosems/MS, as cidades com maiores afastamentos são Aquidauana com 16%, Anaurilândia com 12%, Três Lagoas com 10% e Guia Lopes da Laguna, com 9% dos profissionais afastados.
“Os profissionais da saúde não pararam nesses 2 anos, muitos nem tiraram férias, permaneceram trabalhando para atender a população. O sucesso da vacinação e a diminuição de hospitalização, fez com que a sociedade se libertasse um pouco mais. Com isso, os casos de transmissão aumentaram, consequentemente os nossos profissionais aumentam o atendimento e se expõem mais a doença, podendo vir a adoecer. E isso aconteceu”, destaca o presidente.
“Nós estamos aprendendo com essa nova doença. Hoje temos uma vacina que nos protege 4 a 6 meses, tomara que com a alta tecnologia e estudos que estão sendo feitos, à medida que vamos evoluindo no conhecimento da doença, nós queremos ter um imunizante pra vida toda”, diz. “Mas no momento, o que temos para fazer o melhor combate a essa pandemia, é completar o ciclo vacinal de acordo com o que for estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde)'', complementa.
De acordo com o profissional, a maioria dos pacientes em leitos de UTI do Estado, são pessoas que não completaram o ciclo de vacinação. “Tem uma corrente que acredita na vacina e esquece de olhar os números epidemiológicos. Nós fizemos um levantamento de pessoas internadas no CTI, 82% dos pacientes internados e graves em Mato Grosso do Sul são pessoas que não tem o ciclo vacinal completo, ou não quiseram a vacinação. Tomaram a primeira dose e não retornaram. E isso vem como um reflexo no Brasil todo”.
Para o presidente, o combate à transmissão do vírus é uma questão de responsabilidade social. “O governo municipal e estadual tem trabalhado, mas é necessário também a consciência da população de saber que agora não é hora de aglomeração. Não tem como parar uma sociedade, precisamos trabalhar. Temos que ter essa responsabilidade social, manter medidas de biossegurança e trabalhar isso com toda a sociedade”, ressalta o profissional.
O Cosems/MS deve solicitar uma nova reestruturação de leitos de CTI covid e leitos pediátricos no Estado. “É importante. Nós temos visto em outros estados a crescente em casos de pediatria com leitos abarrotados de crianças. É importante tomar essas medidas, para dar melhor assistência e segurança para a nossa sociedade”, finaliza.
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