Mato Grosso do Sul está reforçando a vacinação contra o sarampo com uma campanha emergencial que segue até o dia 31 de agosto. A ação, motivada pela reintrodução do vírus em países vizinhos, tem como principal objetivo proteger crianças e adultos em áreas de maior risco, especialmente na região de fronteira, que compartilha limites com a Bolívia e o Paraguai, locais com recentes surtos da doença.
Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias, o coordenador de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde em exercício, Frederico Morais, destacou a importância da intensificação das ações de combate ao sarampo. "Desde julho, começamos um trabalho focado nas regiões de Corumbá e Ladário, devido à proximidade com a Bolívia, onde já foram registrados mais de 200 casos confirmados. A situação exige atenção especial para manter a cobertura vacinal acima de 95%", afirmou.
Frederico Morais explicou que a campanha emergencial não se restringe apenas aos municípios de fronteira, mas se estende por todo o estado. "A vacinação está focada nas crianças de 6 a 11 meses, que devem receber a chamada 'dose zero', além de adultos de 12 a 59 anos sem comprovação vacinal", esclareceu. Ele também ressaltou que a adesão à campanha está sendo facilitada por uma série de medidas, como a ampliação do horário de vacinação e a realização de ações em locais estratégicos, incluindo unidades de saúde abertas aos finais de semana e a realização de um 'Dia D' no sábado, 30 de agosto.
Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias, o coordenador de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde em exercício, Frederico Morais, destacou a importância da intensificação das ações de combate ao sarampo
Com uma meta de vacinar cerca de 220 mil crianças em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Saúde já distribuiu as vacinas para todos os municípios. Morais ressaltou que as doses estão disponíveis e que a ação tem como foco proteger as crianças pequenas, além de atualizar o histórico vacinal de adultos. "É importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para verificar sua situação vacinal. Caso não tenham o cartão de vacinação, o profissional de saúde fará a conferência e, se necessário, atualizará a vacina", explicou.
A situação de emergência foi declarada pela Bolívia e, mais recentemente, pelo Paraguai, que registrou casos da doença. Em Mato Grosso do Sul, o alerta é particularmente relevante para municípios como Corumbá, Ladário, Dourados e Ponta Porã, que recebem mais fluxo de pessoas vindas desses países.
Até o momento, o Estado não registrou casos confirmados de sarampo em 2025, embora haja um número significativo de casos suspeitos em investigação. "Desde o início do ano, foram registrados 29 casos suspeitos, mas a maioria já foi descartada. A vigilância é contínua e rigorosa, com ações imediatas de bloqueio vacinal e monitoramento de contatos", afirmou Morais, enfatizando a importância da vigilância epidemiológica para evitar a disseminação da doença.
O coordenador ainda alertou sobre os primeiros sintomas do sarampo, que incluem febre alta, tosse, secreção nasal e manchas vermelhas no corpo, que podem surgir após alguns dias. Ele reforçou que a vacinação é a principal forma de prevenção e destacou que o Brasil manteve o título de "país livre de sarampo", com a colaboração de estados como Mato Grosso do Sul, que continuam vigilantes.
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