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SAÚDE

MS fortalece estratégias de combate à dengue, chikungunya e zika

27 fevereiro 2024 - 14h40 Por Da Redação

Com a aproximação do final de 2023, os sinais de uma possível epidemia de dengue e chikungunya se intensificaram em Mato Grosso do Sul, gerando preocupações de uma situação de saúde pública que poderia se agravar com a chegada de 2024. Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta terça-feira (27), o coordenador estadual de Controle de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mauro Lucio Rosa, compartilhou as estratégias adotadas para mitigar essa ameaça iminente.

Mauro falou dos esforços conjuntos entre a SES e os 79 municípios de MS, que se mostraram fundamentais para enfrentar as epidemias sem declarar Estado de emergência, diferentemente de outros estados. "O trabalho integrado envolveu não apenas ações de controle de vetores, mas também uma forte campanha de educação e conscientização", destacou. As iniciativas abrangem desde a distribuição de equipamentos de pulverização e materiais educativos até capacitações e orientações sobre a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

O profissional falou ainda do comportamento reprodutivo do Aedes aegypti, com ênfase no fato de que as fêmeas, responsáveis pela transmissão de doenças, preferem ambientes domésticos para viver e reproduzir. "Mais de 90% das fêmeas buscam abrigo em residências, atraídas pela disponibilidade de água parada para a deposição de seus ovos e pelo sangue humano necessário para a maturação desses ovos," explicou. Essa preferência ressalta a importância de uma abordagem preventiva dentro das casas, visando a eliminação de locais propícios à reprodução dos mosquitos.

O coordenador fez questão de salientar as medidas mais eficazes na luta contra o Aedes aegypti, incluindo a correta aplicação de inseticidas e a escolha adequada de repelentes, especialmente para crianças.

Mauro Lúcio é o titular do Controle de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde (SES) - (Foto: Rafael Rodrigues)

"Quanto ao uso de repelentes, existe preocupação com a aplicação inadequada, como o uso de repelentes de adultos em crianças ou a escolha indiscriminada de produtos. É recomendável que, especialmente para crianças, um dermatologista seja consultado para indicar o repelente mais adequado, considerando a sensibilidade da pele, potência e duração do produto. É crucial usar repelentes de forma correta, pois o uso excessivo pode ser prejudicial", revela.

Além disso, enfatizou a crucialidade de eliminar qualquer possibilidade de acúmulo de água estagnada.

"A medida mais eficaz contra o Aedes aegypti é a eliminação de qualquer possibilidade de acúmulo de água estagnada, que é o ambiente preferido para a postura de ovos do mosquito. A prevenção e eliminação de potenciais criadouros são essenciais para controlar a população de mosquitos e, consequentemente, a disseminação de doenças como dengue, chikungunya e zika", reforça.

Rosa também alertou sobre os perigos da automedicação diante dos sintomas da dengue, destacando a importância de procurar atendimento médico imediato para evitar complicações graves.

"Além dos riscos à saúde individual, a automedicação e a falta de procura por assistência médica afetam o controle da doença em nível populacional. Sem diagnóstico e notificação médica, os casos de dengue permanecem subnotificados, dificultando o trabalho de vigilância sanitária e controle de vetores. Estima-se que, para cada dez pessoas infectadas, apenas duas buscam ajuda médica, o que sugere que o número real de casos pode ser significativamente maior do que os dados oficiais indicam", diz.

De acordo com os dados do boletim epidemiológico da SES, divulgados no último dia 20, são 1.041 casos confirmados da dengue, dois óbitos em investigação, um confirmado e 3.207 casos prováveis no Estado.

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