Considerando o momento mais crítico da pandemia, a industria tem respondido muito bem e contribuindo para a recuperação da atividade econômica. Sendo o principal vetor da realização de investimentos em Mato Grosso do Sul, somados todos os investimentos, construção de novas fábricas e projetos anunciados até 2030, o Estado tem uma carteira de gastos que superam os R$ 50 bilhões. O Giro Estadual de Notícias recebeu nesta sexta-feira (20), o Economista Chefe da Fiemes, Ezequiel Rezende para falar sobre o cenário industrial e econômico de Mato Grosso do Sul.
No ano de 2023, o Estado já soma mais de 10.400 novas vagas abertas pelo conjunto da atividade industrial. "Essas vagas se dão pela industria da construção, transformação, industria extrativa mineral e os serviços industriais de atividades pública".
Estado já soma mais de 10.400 novas vagas abertas - (Foto: Rafael Rodrigues)
O economista entende que o Estado tem estrutura para a chegada de grandes insdustrias. "Tivemos o melhor resultado na abertura de vagas no período de janeiro a agosto, tendo quase 153.000 trabalhadores. Para ter uma melhor noção desse número, somente com o que é pago de salário e os demais direitos desses trabalhadores ao longo de um ano, equivaleria ao orçamento de Campo Grande, de quase R$ 5 bilhões. O salário médio hoje nesse ramo passa dos R$ 3.000 e dependendo da especialização do funcionário, existem atividades de nível técnico que pagam mais de R$ 10.000", informa.
Segundo Ezequiel, a atividade industrial vem crescendo rapidamente em todas as regiões do Estado. "Temos expansão nas atividades de mineração, seguimento frigorifico, instalação de novas unidades processadoras de milho. Os segmentos que mais empregam são os da industria de construção e transformação, seguido pelas atividades frigorificas, segmentos sucroenergéticos, extração de minério de ferro", diz.
O segmento industrial emprega quase 153.000 trabalhadores - (Foto: Rafael Rodrigues)
Metade do PIB produzido pela industria em Mato Grosso do Sul está em municípios com até 50 mil habitantes. "A industria é o principal vetor na geração de empregos, renda e realização de investimentos, muito por conta da disponibilidade de mão de obra, energia e uma boa logistica", explica.
De acordo com Rezende, Mato Grosso do Sul é o único Estado do país em que a principal energia utilizada é sustentável. "Nos dias de hoje, ser uma empresa sustentável é quase que uma regra nesse segmento para o desempenho no cenário nacional. A descarbonização é uma das diretrizes do Ministério do Desenvolvimento da Industria e Comércio, então temos que começar olhar como isso irá impactar nas abertura de vagas, pois se não fizer dessa forma, não irá acessar o mercado exterior. Temos algumas atividades que já são totalmente livres da emissão de gás carbônico".
