No cenário alarmante da violência doméstica, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) tem desempenhado um papel essencial no combate a essa realidade. Em uma iniciativa recente, lançada na semana passada, o órgão busca conscientizar a sociedade e oferecer suporte às vítimas de violência doméstica e feminicídio, em uma campanha intitulada "Seu silêncio pode matar você".
A promotora de Justiça e Coordenadora-adjunta do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (NOJÚRI) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Lívia Carla Guadanhim Bariani, enfatizou a importância da atuação do Ministério Público nesse contexto. "O objetivo principal da campanha lançada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul é combater a violência doméstica, conscientizar a sociedade e oferecer suporte às vítimas. A iniciativa busca romper o ciclo de violência, proporcionar orientação e encaminhamento adequado para as vítimas, além de conscientizar sobre a gravidade do problema", detalha ao Giro Estadual de Notícias nesta segunda-feira (5).
A campanha busca alertar a sociedade sobre a gravidade da violência doméstica, desmistificando a ideia de que apenas casos extremos, com lesões visíveis, configuram agressões. Através de panfletos e folhetos distribuídos, a população é convidada a refletir sobre a normalidade dos relacionamentos, oferecendo um questionário que analisa a toxicidade das relações.
A promotora destacou a importância de se romper o ciclo de violência doméstica. Muitas vezes, as vítimas permanecem em relacionamentos abusivos por dependência psicológica e emocional, alimentando a esperança de que o parceiro possa mudar. Por isso, a presença de uma rede de apoio é fundamental para auxiliar as mulheres a saírem desse ciclo de violência.
A promotora de Justiça e Coordenadora-adjunta do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (NOJÚRI) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Lívia Carla Guadanhim Bariani
"É crucial que as vítimas de violência doméstica procurem ajuda porque a violência pode se intensificar ao longo do tempo e colocar suas vidas em perigo. Estatísticas mostram que a maioria das mulheres que foram vítimas de feminicídio não tinha medidas protetivas. Ao buscar ajuda, a vítima tem a possibilidade de obter proteção, acionar as autoridades e ter um acompanhamento adequado para garantir sua segurança", explica.
Embora tenham ocorrido avanços nos últimos anos, as penas para os crimes de violência doméstica ainda são consideradas baixas. A profissional ressaltou a importância de promover a igualdade de gênero e de educar a nova geração para combater a violência doméstica. Ela enfatizou que a sociedade deve entender que todos são iguais, independentemente do gênero, e que é necessário proporcionar oportunidades e direitos igualitários.
"Embora tenham ocorrido avanços na conscientização e no combate à violência doméstica nos últimos anos, as penas para os crimes relacionados ainda são consideradas baixas. As penas para lesão corporal e ameaça, por exemplo, ainda não sofreram grandes mudanças. Isso ressalta a importância de promover a igualdade de gênero, educar a nova geração e fortalecer a proteção às vítimas, a fim de combater efetivamente a violência doméstica", salienta.
Nesse contexto, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul segue empenhado em combater a violência doméstica, buscando conscientizar a população e oferecer suporte às vítimas. A campanha "Seu silêncio pode matar você" é um importante passo para romper o ciclo de violência e garantir a segurança e dignidade das mulheres do Estado.
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