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POLÍTICA

Marcos Pollon critica instabilidade política e judicial no Brasil e alerta sobre riscos de ditadura

30 julho 2025 - 12h30 Por Da Redação

O deputado federal Marcos Pollon (PL), fez uma série de críticas contundentes sobre o cenário político e institucional do Brasil, durante entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta quarta-feira (30). O parlamentar descreveu o 1º semestre de 2025 como marcado pela instabilidade política e jurídica, citando a crescente interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) nas prerrogativas do Legislativo e o uso do Executivo para subjugar as instituições democráticas.

Pollon apontou que, no atual contexto, a falta de segurança jurídica tem prejudicado o ambiente de negócios no Brasil, e relatou que o país tem sido percebido internacionalmente como um lugar onde a corrupção é fomentada. O deputado declarou que o STF tem agido de maneira excessiva, e a insegurança jurídica gerada pelas decisões da Corte tem gerado um cenário de incertezas para os cidadãos e empresas. "Nós vivemos um cenário de incerteza muito grande, onde o Legislativo tem se submetido de uma maneira desproporcional ao Judiciário", afirmou Pollon.

Além disso, o deputado criticou a atuação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que desde 2023, o país não possui um projeto claro e que a gestão atual é marcada por um ciclo de perseguições e destruição das bases econômicas construídas ao longo dos anos. "O Brasil, nesse diz governo Lula, é praticamente o país que mais tributa no mundo", disse Pollon, ao se referir ao aumento de impostos e à elevação do IOF, que ele ajudou a derrubar, mas foi reestabelecido pelo STF.

Deputado federal do PL, Marcos Pollon, faz duras críticas à atuação do STF, do governo Lula e à perseguição política no Brasil; alerta sobre um possível retrocesso institucional

Pollon também abordou a situação de perseguição política que tem marcado a gestão petista, com o agronegócio e outras classes sendo constantemente atacadas pelo governo. Ele citou ainda a falta de diálogo e articulação dentro da Câmara e do Senado, acusando o governo de usar emendas como moeda de troca para obter apoio político.

Ao falar sobre o futuro da direita no Brasil, Pollon expressou uma visão pragmática sobre as eleições de 2026, destacando que, se as instituições se restabelecerem, Jair Bolsonaro poderá ser candidato novamente. Contudo, ele também alertou para a possibilidade de o sistema atual prevalecer, resultando em uma eleição sem oposição real, em um processo eleitoral comparável ao de países como a Venezuela, onde a democracia é amplamente controlada.

"Se o sistema vencer, vai ser uma eleição figurativa, onde qualquer oposição real estará fora do jogo", afirmou o deputado. Pollon também fez uma análise alarmante sobre os recentes acontecimentos no país, comparando-os com situações observadas em regimes autoritários, como na Venezuela e na Nicarágua.

Em outro momento, Pollon comentou sobre o caso da deputada Carla Zambelli, também do PL, que foi presa na Itália. Ele afirmou que a deputada se entregou, e não foi capturada, e reforçou que ela está buscando um julgamento mais justo em um tribunal internacional, já que no Brasil considera que o processo contra ela está maculado e nulo.

"Aqui no Brasil, ela jamais teria um julgamento minimamente justo. Ela acabou buscando asilo político na Itália", destacou Pollon. O deputado também criticou a atuação do STF no processo e as perseguições políticas que têm ocorrido no país. Ele fez um apelo à população para que compreendesse a gravidade do momento em que o Brasil se encontra e destacou a falta de liberdade de expressão, que, segundo ele, está sendo cada vez mais restrita no país.

Pollon lembrou a situação de desespero vivido por empresários e cidadãos na Venezuela, alertando que o Brasil poderia estar seguindo o mesmo caminho se não houver uma reação firme da sociedade e das instituições contra o que ele classificou como uma ditadura em ascensão. "Nós estamos entregues a tiranos ditadores que, como uma narco ditadura, entregaram o poder ao crime organizado", afirmou o deputado.

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